Clube cria Comitê de Engenharia da indústria do Petróleo

Política industrial

 

Assunto de relevância econômica, política e social cada vez mais evidente, a extração de petróleo no Brasil tem sido alvo de intensos debates

Assunto de relevância econômica, política e social cada vez mais evidente, a extração de petróleo no Brasil tem sido alvo de intensos debates.O Clube de Engenharia, casa de centenária excelência técnica, não poderia deixar de participar ativamente dessas discussões através de suas divisões técnicas especializadas. Para subsidiar o Clube com informações, formar uma massa crítica sobre o assunto, fomentar a engenharia nacional e oferecer informações aprofundadas à sociedade, a Diretoria de Atividades Técnicas criou o Comitê de Engenharia na Indústria do Petróleo.

A ideia do comitê é mostrar tecnicamente os diversos aspectos da indústria do petróleo, como a perfuração, produção, exploração e, a partir daí, despertar o senso crítico da sociedade com relação às questões políticas relacionadas à regulamentação, por exemplo.

No dia 19 de novembro o Clube de Engenharia apresentou a primeira palestra realizada pelo Comitê. Ministrada pelo engenheiro civil Juliedson Serigati Salvalagio e promovida pela Divisão Técnica de Engenharia Industrial (DEI) e pela União Brasileira para a Qualidade (UBQ-RJ), a palestra “Projetos de Perfuração de Poços de Petróleo em Águas Profundas e no Pré-Sal – Premissas e Práticas” teve como objetivo apresentar o início da cadeia produtiva do petróleo: a descoberta de jazidas e a perfuração dos primeiros poços.

Embora o assunto seja, em essência, bastante técnico e específico, a palestra deu ao mesmo um tom didático, contemplando a todos os presentes, desde os profissionais da área até os leigos interessados pelo tema. Juliedson apresentou as imagens sísmicas obtidas pelos sonares que ajudam aos geofísicos a detectar a presença de petróleo no fundo do mar e aproveitou para derrubar mitos. “O petróleo está em poros dentro das rochas, não em grandes cavernas subterrâneas como se costuma acreditar”, explicou.

O petróleo, incluindo o Pré-Sal, foi abordado em suas diversas facetas, desde o conceito básico até a questão da regulamentação. “O óleo se forma em camadas muito profundas e vai subindo por meio de falhas até que encontra uma rocha capeadora que o impede de chegar à superfície. O sal é uma dessas camadas que mantém o óleo aprisionado”. Sobre o assunto, Tadachi Takashina, chefe da DEI, ressaltou a experiência brasileira calcada na prática. “Estamos aprendendo desde os anos 70, em Laranjeiras, Sergipe, com a perfuração de sal para o uso de seus subprodutos. As informações que nasceram lá serviram de know how para o pré-sal”.

 

Jornal 502 – dezembro 2010 – página 04 – Política Industrial

Receba nossos informes!

Cadastre seu e-mail para receber nossos informes eletrônicos.

O Clube de Engenharia não envia mensagens não solicitadas.
Pular para o conteúdo