Porto: aposta em mobilidade e revitalização

O atual estágio das obras da região do porto do Rio de Janeiro

De acordo com secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, buscar modernizar a maneira de viver na cidade e a ênfase no transporte coletivo são as marcas do projeto do Porto Maravilha. Muniz foi um dos palestrantes do evento “Projeto Porto Maravilha e seu estágio atual”, promovido pela presidência do Clube de Engenharia, na última quinta-feira (6/2). Com foco em mobilidade urbana, o secretário falou sobre o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que, segundo ele, extrapola a região do porto, pois ligará o aeroporto Santos Dumont à estação das Barcas Rio-Niterói, passando pela região portuária da cidade.

Ainda segundo Muniz, até 2016 todo o processo viário e de mobilidade será implantado. Sobre a Perimetral, o secretário afirmou que era um passo urgente para a conclusão das obras. “Tivemos que demolir a Perimetral porque suas fundações funcionavam como uma espécie de barreira para a drenagem moderna que precisava ser feita nas vias do entorno. A via expressa que a substitui vai funcionar ainda melhor, já que a Perimetral priorizava o transporte individual. A Via Binário e a reurbanização da Rodrigues Alves também terão função bastante harmônica com o que temos no entorno”, explicou.

Nova cultura

O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP), Alberto Gomes Silva, apresentou o projeto das obras que compõem o Porto Maravilha. Segundo Alberto, é importante que se tenha uma percepção do conjunto das obras, já que uma percepção parcial não permite a compreensão da questão da mobilidade urbana e da revitalização. Alberto argumentou que recuperar a região do Centro é essencial para o Rio de Janeiro atual. “Hoje temos uma cidade que foge de seu centro. Estamos tentando, através dessas obras, recuperar a ‘centralidade do centro’, sua importância diante do tecido urbano”, afirmou. O diretor-presidente da CDURP explicou também que o foco no transporte coletivo acompanha tendência internacional para as grandes cidades. Alberto não negou os danos que as obras vêm causando ao trânsito no Centro, mas destacou a importância da criação de uma nova cultura na área. “Aos poucos, o cidadão vai se acostumar a usar o transporte coletivo para se locomover no Centro. Eu mesmo vinha de carro para cá hoje e, por causa do trânsito, vim de Metrô”, explicou.

Além disso, Alberto explicou que as obras do Porto Maravilha são uma “operação urbana consorciada” planejada para recuperar os vazios urbanos, ou seja, os locais por onde há pouca circulação de pedestres. O projeto abrange uma área de 5 milhões de metros quadrados, englobando as Avenidas Presidente Vargas, Rodrigues Alves, Rio Branco e Francisco Bicalho. “É um processo que pretende promover a reestruturação local por meio da ampliação, articulação e requalificação dos espaços públicos da região, visando à melhoria da qualidade de vida e a sustentabilidade ambiental e socioeconômica”, afirmou. Toda a região será reurbanizada até 2016 e um novo padrão para serviços urbanos, com mais qualidade, será introduzido, informou o diretor-presidente da CDURP, que abordou, ainda, o papel dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACs), que são a base do aumento do potencial de construção da região do porto.

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