O Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos – IEEE e suas atividades

O Clube de Engenharia, recebeu na segunda-feira, dia 22 de setembro, a convite da DTE de Eletrônica e Tecnologia da Informação, o presidente do Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), o professor José Roberto Boisson de Marca, primeiro não norte-americano a ocupar o posto nos 135 anos de história do instituto, maior organização técnico-profissional do mundo, com mais de 430 mil membros e associados no mundo inteiro.

Boisson formou-se em engenharia elétrica/telecomunicações pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), posteriormente recebeu o título de PhD em engenharia elétrica pela Universidade do Sul da Califórnia (EUA), é membro titular da Academia Brasileira de Ciências e também da Academia Nacional de Engenharia. Ademais de outros títulos e cargos, foi em 2013, escolhido pela revista Época, uma das cem pessoas mais influentes do Brasil. O engenheiro citou a fusão das antigas American Institute of Electrical Engineers (AIEE) e Institute of Radio Engineers (IRE), que originou o IEEE e da sua satisfação em estar seguindo os passos de nomes como, Thomas Edison, Nikola Tesla e Alexander Graham Bell – sendo esse último também presidente.

Apresentado por Jorge Eduardo da Silva Tavares, secretário do DTE, e na presença de Sérgio Medina Quintela, 2º secretário; Alexandre Henriques, presidente em exercício, e Paulo Poggi Pereira, 1º secretário, José Roberto Boisson apresentou a visão e contribuição do IEEE à engenharia, as perspectivas para o futuro, e a pretensão de, em conjunto com o Clube de Engenharia, formar parcerias em benefício da engenharia nacional, destacando a possibilidade de criar um programa para treinar professores de ciência do ensino médio, mostrando experiências novas, para mostrar um pouco da engenharia, ou trazer profissionais com as custas pagas pelo próprio IEEE, para dar esses seminários.

"Assim como nos Estados Unidos, aqui no Brasil não tem havido muito interesse no curso de engenharia pelos jovens, diferentemente da Ásia, que tem uma grande procura”, observou Boisson. Ainda segundo ele, o exemplo da China chama a atenção, uma vez que forma em torno de 700 mil engenheiros por ano. Lamentou o desinteresse dos jovens e ressaltou que é preciso desmistificar a engenharia como sendo uma área que não dá dinheiro ou é apenas para nerds. Para isso o IEEE criou um site (http://www.ieee.org/education_careers) com explicações sobre a importância da engenharia no dia a dia e mostrar que assim como outras profissões, a engenharia tem muitos outros atrativos.

Boisson também citou algumas realizações do Instituto, como por exemplo, as revistas científicas, sendo o acesso a este banco de dados a maior fonte de receita da instituição, gerando cerca de US$ 200 milhões por ano; o estabelecimento de diversos padrões (perto de mil padrões ativos), como o 802.11, que definiu as redes Wi-Fi; as 1400 conferências promovidas anualmente e projetos comunitários em vários países, especialmente, na África.

Por fim, o engenheiro falou da relevância em vender conhecimento e não apenas informação. “Hoje em dia, as pessoas não querem mais pagar por informação”, lembrou, destacando a importância em agregar valor e em ser um ancoradouro de informações confiáveis.

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