Grandes Construções | Entrevista | Abril de 2015

Francis Bogossian defende a adoção de medidas que preservem as empresas de engenharia e a manutenção dos empregos no País

O Engenheiro Francis Bogossian é uma enciclopédia brasileira da área de Engenharia e Construção. Ele começou na engenharia antes mesmo do término da graduação, concluída em 1965, a convite do professor da Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, hoje chamada de Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Antonio José da Costa Nunes. Em 1964, o futuro engenheiro passou a estagiar na empresa Tecnosolo S/A, onde vivenciou a onda desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek, passou pelo surto de crescimento durante o Regime Militar e assistiu ao mais recente ciclo de investimentos em infraestrutura no Brasil, na era Lula-Dilma.

O vínculo com a geotecnia vem desde a época de estudante, ainda na Escola de Engenharia, quando participou da criação do Grupo de Estudos de Mecânica dos Solos (GEMSO), por volta de 1964, com o professor emérito pela UFRJ, Fernando Emmanuel Barata. Participou da realização das obras da Ponte Rio Niterói e Terminal Salineiro de Areia Branca pela Tecnosolo e em 1972 fundou sua própria empresa, a Geomecânica S/A.

Atuou em importantes empreendimentos na engenharia brasileira, como investigações para fundações e contenções para projetos de construção civil em larga expansão no Rio de Janeiro, projetos rodoviários e de usinas para geração hidrelétrica, obras de contenção e drenagem para a Fundação GEO-RIO e outros contratantes e obras para a Ferrovia do Aço.

No início dos anos de 1980, após as descobertas dos campos petrolíferos marítimos, dedicou-se aos trabalhos de investigações geotécnicas nas chamadas águas rasas, com a criação de um equipamento denominado Sino Pneumático de Sondagem, que permitia investigar o subsolo marinho offshore sem a necessidade de contratar navios estrangeiros. “À medida que os campos marítimos foram ficando mais e mais profundos e com o incentivo da Petrobras, conseguimos nacionalizar diversos serviços da engenharia para evitar a contratação de empresas estrangeiras”, conta.

Em paralelo, trilhou uma respeitável trajetória acadêmica e em entidades representativas, como a Administração da Geomecânica, a Academia Nacional de Engenharia (ANE), a Federação Brasileira das Associações de Engenheiros(FEBRAE), Clube de Engenharia e Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro, onde atua como presidente e presidente do conselho consultivo respectivamente. Agora ele lidera ainda o movimento Aliança pelo Brasil em Defesa da Soberania Nacional, que defende a apuração dos casos de corrupção que afetam a Petrobrás, mas assume a defesa de ações que protejam o patrimônio técnico das companhias de engenharia nacionais e consequentemente a manutenção de empregos no país. Nesta entrevista, ele expõe sua visão sobre o momento atual.

 

Clique aqui para ler a entrevista na íntegra.

 

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