Para comemorar o Dia do Geólogo, festejado em 30 de maio, a Divisão de Atividades Técnicas (DAT) e a Divisão de Recursos Minerais (DRM), do Clube de Engenharia, organizaram a palestra Mineralizações de Urânio do Brasil, apresentada dia 2 de junho. A mesa de debates foi composta por Benedito Rodrigues, chefe da DRM, Reynaldo Barros, presidente do CREA-RJ, e, representando o presidente do Clube, Francis Bogossian, o professor Edson Monteiro, chefe de gabinete do Clube e o palestrante convidado, Fernando Mendes Pires.

Geólogo graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde atualmente é
professor adjunto, Fernando Pires apresentou trabalho desenvolvido no período em que
atuava nas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), a partir de documentos, relatórios internos e
publicações que reuniu durante esse tempo e que se transformou no livro Urânio no Brasil:
geologia, jazidas e ocorrências.

A primeira referência sobre ocorrência de urânio no Brasil, de autoria de Djalma Guimarães,
foi publicada em 1925. De lá para cá, muitas outras descobertas foram feitas, levando a outros estudos e sua maior exploração.

A principal jazida de urânio do país está localizada na cidade de Caetité (BA), descoberta em
1976, e é explorada desde 1998 pela INB, estatal vinculada ao Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação. Segundo estimativas realizadas, suas reservas são suficientes para
abastecer todas as centrais nucleares do Brasil. São retirados anualmente cerca de 400
toneladas do minério, que posteriormente seguem para Canadá e Europa, onde é enriquecido e retorna para ser utilizado nas usinas de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

Durante a palestra, Pires deu destaque a detalhes técnicos sobre o urânio, ao mapeamento
das regiões, onde ocorrem, distribuição das mineralizações, sua concentração, teores e a
forma como é encontrada.

Perguntado sobre qual das regiões teria o maior valor ambiental, Pires destacou Lagoa Real,
BA. “Investiria em Lagoa Real, que é a mais importante. Em segundo lugar, Corpo Alemão
(Carajás, PA), em termo de volume e termo de teor. Em terceiro lugar, em Pitinga (AM),
porque o corpo é muito grande e tem a possibilidade de produção de outros metais
associados, como o nióbio e o estanho”.

Receba nossos informes!

Cadastre seu e-mail para receber nossos informes eletrônicos.

O Clube de Engenharia não envia mensagens não solicitadas.
Pular para o conteúdo