As investidas internacionais contra a Amazônia e a soberania brasileira


Em 1989, o vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore afirmou: “Ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos nós”. Outros líderes internacionais já fizeram declarações do mesmo caráter, comprovando o grande interesse global nos recursos naturais e minerais presentes na região, que tem a maior parte de seu território no Brasil. Para enriquecer os conhecimentos de um plenário interessado em conhecer mais a Amazônia, o geólogo Lynce Naveira, que trabalhou na região por mais de 10 anos, realizou a palestra “Amazônia, ameaçada e cobiçada - ameaça à soberania nacional”, em 18 de abril, no Clube de Engenharia, em evento promovido pela Diretoria de Atividades Técnicas (DAT), Divisão Técnica de Recursos Hídricos (DRHS) e Divisão Técnica de Engenharia do Ambiente (DEA).

Na História, resistências e cooperações
Segundo dados de Naveira, a primeira tentativa de invasão estrangeira ao estado de Roraima teria acontecido nos anos 1650. Mas as investidas se intensificaram a partir dos anos 1840, e a sequência de fatos inclui doação de terras ricas em metais raros aos britânicos; a construção de uma cidade no Pará voltada à produção de látex para a empresa Ford; além de sucessivas tentativas de criação de institutos, fundações e entidades que facilitassem uma gestão estrangeira da Amazônia. Também houve ações do próprio governo brasileiro que favoreceram a exploração da região por outros países, como a criação da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), com incentivos fiscais a multinacionais, e a construção da hidrelétrica de Tucuruí para fornecer energia à nipo-brasileira Alumínio Brasileiro S.A. (Albras), produtora de alumínio. Nos anos 90, a Lei das Patentes permitiu que recursos naturais amazônicos fossem patenteados por outros países, como o cupuaçu, pelo Japão.

Região abundante em minério e organizações internacionais
O geólogo lembrou que, graças à região amazônica, o Brasil detém quase 99% das reservas mundiais de nióbio, metal utilizado na produção de aços, resistente a corrosão e altas temperaturas. E também grande parte - cerca de 40% - do tântalo, outro metal resistente à corrosão, muito utilizado em eletrônicos, equipamentos bélicos e até equipamentos para implantes cirúrgicos.

Lynce Naveira ainda mostrou que, segundo levantamento do exército brasileiro e da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), já existem na Amazônia mais de 100 mil organizações não governamentais (ONGs). Algumas declaram-se destinadas a denunciar a execução de grandes projetos na região, como rodovias, outras chegam a ter como objetivo “superar fronteiras políticas” em prol da atuação internacional na preservação da Amazônia.

O palestrante apresentou medidas práticas que, na sua opinião, o Brasil deveria adotar para impedir a desanexação e internacionalização da Amazônia, entre elas: a criação de serviço de inteligência das Forças Armadas, ABIN e Polícia Federal para coletar dados da região e fiscalizar atuação das ONGs estrangeiras na região; incentivar e financiar indústria de Defesa 100% nacional; e fazer a vigilância por satélite de toda a região amazônica.

Confira a palestra completa no canal do Clube de Engenharia no Youtube.

Receba nossos informes!

Cadastre seu e-mail para receber nossos informes eletrônicos.

O Clube de Engenharia não envia mensagens não solicitadas.
Pular para o conteúdo