Novas ligações elétricas contam com normas atualizadas


As novas ligações elétricas no Rio de Janeiro, sejam de baixa ou média tensão, são temas de grande atenção da Light, distribuidora da  cidade do Rio de Janeiro. Para orientar quanto ao processo de solicitação e os procedimentos técnicos da atividade, a empresa realizou a palestra “Procedimentos Light para ligação nova – média e baixa tensões”, no Clube de Engenharia, em 24 de outubro. Segundo Ana Flávia da Câmara, Gerente de Grandes Clientes Privados e Poder Público, o momento se fez propício para ouvir a plateia e compreender projetos, demandas e dúvidas dos grandes clientes. "A ideia é estar mais próximo de vocês", afirmou. O evento contou com promoção da Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) e Divisão Técnica de Energia (DEN).

Novas ligações: etapas necessárias
Para um primeiro esclarecimento, João Paulo Grastiquini, coordenador de Estudo e Projeto de Obras, apresentou as etapas do processo de solicitação de novas ligações. Enquanto a baixa tensão costuma ser o caso de pequenos clientes – como um estabelecimento e residências –, a média tensão (a partir de 6,3 kV) se destina a grandes clientes e pede um estudo mais profundo da empresa. Após uma solicitação de nova ligação, a Light realiza a avaliação do local e do pedido, com análise de documentos, estudo de campo e elaboração de projeto. Seguem-se procedimentos de comunicação com o cliente, requisitando documentos e informando prazos, e de obtenção de licenças junto à prefeitura. A necessidade de documentação da prefeitura, segundo Grastiquini, pode tornar o tempo dessa etapa maior do que o informado ao cliente. A execução da obra necessária, vistoria e ligação da rede são os passos seguintes.

Novidades na baixa tensão: fabricantes validados e obrigatoriedades
A principal novidade e motivação da palestra foi o documento Regulamentação para o Fornecimento de Energia Elétrica para os Consumidores (Recon) de baixa tensão, não somente por estar em vigor há menos de um ano mas também por corresponder à grande maioria dos clientes da empresa. Todos os detalhes técnicos foram apresentados por André Vinícius Moreira, da Engenharia de Distribuição da Light. Foram esclarecidos os limites de unidades consumidoras residenciais para a entrada individual, sendo uma segunda opção a entrada coletiva, sem limite de unidades. Na rede de distribuição aérea, o limite de demanda de entrada consumidora para atendimento diretamente da rede da Light é de 225 kVA. Em virtude de casos em que condôminos ou donos de estabelecimentos de shopping pediram aumento de carga, a Light colocou novas regras para novas demandas: até 150 kVA é considerada conveniência técnica e tem custo integral do cliente. Maior do que 150 kVA exige ramal subterrâneo e terá cálculo do Encargo de Responsabilidade da Distribuidora.

Informação importante: a empresa está em processo de validação de fabricantes de diversos equipamentos, de modo a recomendar instalações seguras com mais precisão. Alguns já se encontram disponíveis no site da distribuidora. Outros requisitos das novas ligações de baixa tensão causaram debate na plateia: anotações de responsabilidade técnica (ART) do projetista e do instalador, além de Carta de Conformidade do instalador. Apesar dos requisitos da Light e de normas do CREA, algumas pessoas comentaram que os profissionais precisam assinar responsabilidade por instalações que não fizeram, e outras opinaram que algumas anotações são superficiais demais e não especificam, como deveriam, os que, de fato, são responsáveis pela obra.

Duas novas obrigações apresentadas, já para a medição do consumo, são os Painéis Poliméricos, a serem aplicados em unidades consumidoras com medição direta de até 100 A em entradas coletivas, e os Painéis Metálicos, com o mesmo fim em unidades com medição direta de até 200 A. No que concerne a entradas coletivas, como condomínios, algumas normas de segurança também foram estabelecidas: os medidores devem estar localizados a no máximo 5 metros de distância do limite da propriedade com a via pública.

Para conferir o Recon-BT na íntegra, clique aqui.

Média tensão: subestações pedem medidas de proteção
Na média tensão, para grandes clientes, a Light trabalha com tensões nominais de 6,3 kV, 13,8 kV e 25/34,5 kV, sendo o último em conversão futura de 25kV. O engenheiro Leandro Espíndola, da Engenharia de Distribuição, esclareceu algumas práticas proibidas na média tensão, tais como fazer medição única para mais de uma unidade consumidora, alterar a capacidade transformadora instalada e instalar subestações em subsolo e locais passíveis de inundação. Algumas observações importantes da Light a respeito das subestações de média tensão são: somente podem ser utilizadas subestações blindadas de fabricantes previamente homologados pela Light; elas devem estar a no máximo três metros de distância do limite da propriedade com a via pública; e devem se localizar no piso ao nível da rua, em ambiente seco e com fácil acessibilidade da distribuidora.

Setor atualizado com as novas formas de geração de energia
Ao final das apresentações, o debate contou com a abordagem construtiva de pontos interessantes ao setor elétrico, tais como a geração distribuída de energia solar fotovoltaica. O efeito foi imediato: Janine Santos, Coordenadora de Relacionamento de Grandes Cliente e Poder Público, afirmou que a distribuidora vai organizar um curso sobre projetos de energia fotovoltaica, e ainda informou que em novembro será lançada a quarta chamada pública da empresa para projetos de eficiência energética, convidando a plateia a consultar os editais passados para saber mais e se preparar.

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