Indústrias Nucleares do Brasil (INB) inaugura cascata de urânio enriquecido

A Fábrica de Combustível Nuclear terá a sétima cascata de ultracentrifugas de enriquecimento de urânio. / Fotos: Divulgação

Fonte: A Voz da Cidade
Resende - 27/08/2018

A Fábrica de Combustível Nuclear das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) inaugura na próxima quinta-feira, 30, no distrito de Engenheiro Passos, em Resende, a sétima cascata de ultracentrífugas de enriquecimento de urânio. O minério é utilizado para o abastecimento das usinas de energia no país. A INB vai aumentar em 25% a produção de urânio enriquecido, o que deve garantir cerca de 50% do necessário para uma recarga anual da Usina Angra 1, em Angra dos Reis.

Segundo o presidente da INB, Reinaldo Gonzaga, a operação da sétima cascata é um marco para o setor nuclear nacional. “Ela representa mais um passo rumo à autossuficiência na produção de combustível nuclear para geração de energia nucleoelétrica. Além disso, nos consolidamos cada vez mais como uma referência tecnológica no setor nuclear em escala global”, afirma Reinaldo, que receberá durante a solenidade de inauguração autoridades do governo federal, da Marinha do Brasil e representantes do setor nuclear.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, destacou também o papel da INB no universo de institutos e entidades vinculadas ao Ministério – e também para a ciência brasileira. “A INB é fundamental para o setor nuclear brasileiro, sua atividade tem muita importância para o país, como mais uma vez fica demonstrada nesta inauguração”, afirmou Kassab.

A sala de controle do enriquecimento do urânio, na INB / Fotos: Divulgação

ENRIQUECIMENTO ISOTÓPICO

A inauguração faz parte da primeira fase da implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio, projeto em conjunto com a Marinha do Brasil, que visa à instalação de 10 cascatas de ultracentrífugas, e deverá, ao final, atender cerca de 70% da demanda de urânio enriquecido necessário para uma recarga de Angra 1. Já a segunda fase prevê a instalação e o comissionamento de mais 30 cascatas de ultracentrífugas, o que dará à INB capacidade para atender plenamente as recargas de Angra 1, 2 e 3, atingindo uma escala comercialmente sustentável de produção.

INVESTIMENTO

Desde 2000, já foram investidos R$ 560 milhões no empreendimento e a previsão é de que até 2033 o aporte total chegue a R$ 3 bilhões. O Brasil faz parte de um seleto grupo de 12 países reconhecidos internacionalmente pelo setor nuclear como detentores de instalações para enriquecimento de urânio com diferentes capacidades industriais de produção. São eles: Estados Unidos, China, França, Japão, Paquistão, Rússia, Holanda, Índia, Irã, Alemanha e Inglaterra.

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