Protótipo do motor apresentado. Foto: Juliana Portella

Com o aumento do preço da gasolina, um gerador a base de hidrogênio pode ser opção econômica e fonte de combustível alternativo à poluição exalada pelos motores que normalmente utilizam combustíveis fósseis. Para expor o projeto e debater a solução, no dia 23 de julho o Clube de Engenharia recebeu os recém-formados engenheiros mecânicos: Janaína Miranda, Vitor Mendonça e Denner Willians, da Faculdade de Engenharia de Resende, para apresentar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) intitulado “Gerador de hidrogênio aplicado a motores de combustão interna Ciclo Otto”. A apresentação foi uma ação conjunta entre as Divisões Técnicas Especializadas (DTEs) e a Secretaria de Apoio ao Estudante de Engenharia (SAE), que já programam a exposição de outros trabalhos nos próximos meses.

O objetivo, segundo o grupo, foi “buscar uma alternativa de combustível que reduzisse custos, além da melhoria de rendimentos e diminuição de impactos ambientais”, disse Janaína Miranda. “A água é muito mais barata e não poluente, comparada a outro combustível. Além disso, os combustíveis fósseis liberam poluentes como monóxido e dióxido de carbono”, explicou.

Os engenheiros recém-formados com o diretor técnico José Eduardo Pessoa. Foto: Juliana Portella.

O sistema se baseia na geração de oxigênio e hidrogênio contidos na água, por meio de eletrólise. A partir da eletrólise é feita a quebra da água criando os gases hidrogênio e oxigênio que dentro do motor após a explosão voltam a ser água. “Usamos a eletrólise para fazer a separação do oxigênio do hidrogênio. O polo positivo tende a concentrar as moléculas de oxigênio e o negativo de hidrogênio", explicou Denner Willians.

Segundo Vitor Mendonça, no projeto criado pelo grupo não há armazenamento de hidrogênio. Somente com água o motor rende muito mais, porque o hidrogênio gera explosão mais potente do que a gasolina. De acordo com os dados apresentados por ele, enquanto um motor a gasolina consome 597 ml por hora, o motor a base de hidrogênio consome apenas 56 ml. Vitor informou ainda que não há desperdício de combustível.  “Nós só geramos aquilo que nosso motor consome”, explicou.

O evento contou com apoio da Divisão Técnica de Engenharia Química (DTEQ), Divisão Técnica de Ciência e Tecnologia (DCTEC), Divisão Técnica de Engenharia Econômica (DEC), Divisão Técnica de Engenharia do Ambiente (DEA), Divisão Técnica de Engenharia Industrial (DEI), Divisão Técnica de Manutenção (DMA) e Divisão Técnica de Transporte e Logística (DTRL).

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