Painel solar em iluminação pública é exemplo de sustentabilidade. Foto: Marcelo Braga / Flickr

Com objetivo de apresentar o mercado de monitoramento energético e as oportunidades de serviços da área, que está em expansão, o Clube de Engenharia promoveu, dia 6 de agosto, o Workshop “Monitoramento Energético Predial para edificações residenciais e comerciais”. Participaram: o engenheiro eletricista especialista em automação residencial e industrial Bruno Pessoa e o engenheiro estrutural especialista em ferramentas BIM (CAD/CAF) Nicolas Alexandros Papadopoulos.

Sócio fundador da Rio Clever Soluções, empresa especializada em projetos e instalações de equipamentos de automação residencial, Bruno Pessoa informa que não tem sido fácil manter um investimento em infraestrutura elétrica de acordo com o aumento da demanda. “A demanda ficou tão intensa que deu origem a falhas na rede”. Neste sentido, o consumo de energia mundial subiu 45% desde 1980. Vale registrar: o aumento da demanda energética causa impactos para as pessoas e para o planeta.

“A eficiência energética é a solução do dilema. Permite que usuários atendam níveis necessários de produtividade e conforto, a menor custo e com menos pressão sobre infraestrutura e recursos”, defende Bruno. A sociedade precisa fazer mais com menos. “É possível reduzir riscos futuros e controlar custos excedentes com a eficiência energética” garante o especialista. Durante a palestra, Bruno apresentou duas definições práticas de eficiência energética: a passiva e a ativa. E esclareceu:

A passiva pode ser executada a partir da troca de dispositivos e materiais que utilizam menos energia em seu funcionamento. Alguns exemplos incluem a substituição de lâmpadas e equipamentos eletrônicos existentes por dispositivos que consomem menos. "Frequentemente as atualizações de iluminação de eficiência energética estão entre os primeiros projetos empreendidos, na maioria das vezes por causa de seu rápido retorno do investimento. Por si só, a eficiência energética passiva é capaz de gerar economias de 10% e 15%” disse.

A eficiência energética ativa, por sua vez, visa o uso mais inteligente da energia, a fim de alcançar os mesmos resultados com menos. Por meio da automação e regulação você assegura o desempenho necessário dos equipamentos, isto é, que eles não funcionem além do necessário. “A automação promove conforto e segurança de forma automática”, ressaltou Bruno Pessoa.

De acordo com Bruno, o monitoramento energético pode ser boa estratégia de economia em prédios, edificações residenciais e comerciais em geral: “Os equipamentos permanecem ligados somente quando necessário. Também é possível economizar alterando os horários de uso de energia. Através desses sistemas o consumo é programado para horários de menor custo durante o dia”.

A alternativa da energia solar e fotovoltaica 

Já para o sócio fundador da Lumni Engenharia, empresa especializada em projetos e instalações de painéis fotovoltaicos, Nicolas Alexandros Papadopoulos, a melhor estratégia de eficiência energética é o uso da energia fotovoltaica: “É uma fonte renovável inesgotável”, defende.

Bruno discorda: “Fontes de energia renovável podem ser voláteis. O vento e o sol não estão disponíveis 24 horas por dia, 365 dias por ano. A rede de energia do futuro terá de se adaptar a variações e a eficiência energética no ponto de uso deve fazer parte dessa estratégia”.

No entanto, de acordo com Papadopoulos, a energia produzida a partir de luz solar pode acontecer mesmo em dias nublados ou chuvosos “Quanto maior for a radiação solar maior será a quantidade de eletricidade produzida”, explicou. Para o especialista, a energia fotovoltaica é a energia do futuro, considerada uma energia limpa, econômica e sustentável. “É preciso que pessoas sejam capacitadas e conheçam essa tecnologia. O segmento de energia que mais cresce no mundo é o do solar fotovoltaico”, concluiu.

O evento foi promovido pelo Clube de Engenharia, pela Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) e a Divisão Técnica de Exercício Profissional (DEP).

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