Por uma Segurança Pública que proteja a população

A indignação das famílias que sofrem diariamente com a violência do Estado terminou por ecoar em diversos segmentos sociais e pautas de política nacional mobilizam internautas com vigorosa campanha nas redes sociais.

Manifestações de parlamentares, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), dentre outros, e protestos em notas e atos públicos de diversas instituições da sociedade civil unem o país contra a insegurança dos cidadãos, vítimas dos “abates” incorporados oficialmente às chamadas “diretrizes governamentais de combate ao crime”. A versão de “bala perdida”, sempre veiculada pela mídia, é refutada pela sociedade, que questiona o governo do Estado sobre a participação da Polícia Militar nas ações que resultam em mortes de inocentes, entre eles, crianças com uniformes de escola.

Em defesa de uma política de segurança cidadã o Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro divulgou dados alarmantes: a polícia do Rio de Janeiro nunca matou tanto quanto em 2019. De janeiro a agosto foram 1.249 casos registrados. A média é de 5 mortes por dia! Políticas sociais precisam deter ações que, em nome da segurança da população, promovem um verdadeiro genocídio.

O cenário é tenebroso, pois a força policial é autorizada a sobrevoar de helicóptero os bairros populares e atirar, indiscriminadamente, em alvos diversos. Ali, em comunidades sem infraestrutura mínima que garanta vida digna, onde, em sua grande maioria, mora uma população trabalhadora e ordeira, que enfrenta a tragédia do desemprego, encurralada entre o tráfico, a milícia e a polícia, qualquer um pode ser bandido e, por isso, deve ser “abatido”.

“A sociedade precisa colocar de volta a solidariedade no centro da vida coletiva, dizendo não à naturalização da morte”, afirmam os pesquisadores da Rede Fluminense de Pesquisas sobre Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos, formada por centros de pesquisa vinculados a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Pontifícia Universidade Católica (PUC), Universidade Candido Mendes (UCAM), e Fiocruz, entre outras.

Historicamente comprometido com a Democracia, o Desenvolvimento Inclusivo e a Justiça Social, o Clube de Engenharia se solidariza com o clamor popular e com as inúmeras instituições da sociedade civil que têm se manifestado. Estamos certos de que o caminho, como todos reivindicam, é exigir que as instituições do Poder Judiciário protejam a população das ações de um Poder Executivo que viola a Constituição Federal e os valores democráticos.

A Diretoria

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