Prefeitura desiste oficialmente de construir autódromo na Floresta do Camboatá

Vista aérea da Floresta do Camboatá - Jefferson Teófilo/Prefeitura do Rio

Publicado no site da Prefeitura do Rio de Janeiro - 01/02/2021

A Prefeitura do Rio encaminhou ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), na sexta-feira passada (29/01), ofício em que pede o arquivamento do processo, do qual é titular, de licenciamento da construção do Autódromo Internacional do Rio, na Floresta do Camboatá, na Zona Oeste da capital. A medida garante a preservação de até 200 mil árvores, num terreno de Mata Atlântica de baixada, uma floresta considerada rara, abrigando espécies em extinção.

No documento encaminhado ao Inea, órgão responsável por licenciar o empreendimento, o secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere, destaca que a Floresta do Camboatá é um patrimônio ambiental da cidade do Rio, que exerce papel fundamental de conexão entre os maciços da Pedra Branca e do Mendanha, unidades protegidas por legislações estaduais e municipais. Cavaliere ressalta que o Camboatá é considerado prioritário para o projeto de criação de “Corredores Verdes” da capital.

O secretário determinou, em despacho interno de 29 de janeiro, a reabertura de processo (iniciado em 2013) para a criação de uma unidade de conservação na área. "No que depender da Prefeitura, esse autódromo não será construído no Camboatá. Foi uma promessa de campanha do prefeito Eduardo Paes que está sendo cumprida. Na Década da Restauração Ambiental, precisamos falar em recuperar espaços verdes, e não destrui-los", afirma.

Com 160 hectares (dos quais 108 estão em bom estado de preservação), Camboatá faz alusão à suave elevação de terreno que ali existe, o Morro do Camboatá. Abriga 146 espécies da flora, das quais 14 estão ameaçadas, além de 150 de pássaros e 19 de mamíferos.

Em maio de 2019 a empresa Rio Motorpark venceu o certame para a construção do autódromo no local. Em 19 de novembro do ano passado, por 10 votos a 3, os conselheiros da Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), órgão da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), optaram por pedir estudos complementares à empresa.

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