Pedro Celestino é reeleito presidente do Clube de Engenharia

À esquerda, Francis Bogossian, ex-presidente do Clube, saúda e dá posse ao presidente reeleito, Pedro Celestino. Foto: Fernando Alvim

Em Assembleia Geral Magna, o ex-presidente Francis Bogossian presidiu, em 10 de setembro, a cerimônia de posse dos que estarão à frente do Clube de Engenharia no triênio 2018/2021. Na presidência, Pedro Celestino dá início ao seu segundo mandato, encabeçando a chapa Engenharia e Desenvolvimento, vitoriosa pela maioria dos votos dos 471 associados que compareceram ao pleito realizado entre 29 e 31 de agosto. Também foram eleitos o novo terço do Conselho Diretor, o Conselho Fiscal e as Mesas Diretoras das Divisões Técnicas Especializadas (DTE).

Renovação, representatividade e tecnologia
Na diretoria, Pedro Celestino será acompanhado por Sebastião José Martins Soares e Márcio João de Andrade Fortes, respectivamente primeiro e segundo vice-presidentes, e dos diretores Artur Obino Neto, Bernardo Griner, Cesar Drucker, João Fernando Guimarães Tourinho, José Eduardo Pessoa de Andrade, Leon Zonenschain, Luiz Carneiro de Oliveira, Luiz Oswaldo Norris Aranha, Maria Alice Ibañez Duarte e Maria Glícia da Nobrega Coutinho. O Conselho Fiscal será ocupado por Eliane Hasselmann Camardella Schiavo e Marco Aurélio Lemos Latgé, tendo como suplentes Denise Baptista Alves, Mauro Fernando Orofino Campos e Severino Pereira de Rezende Filho.

No discurso de posse, Pedro Celestino lembrou que o dia era de festa e saudou a chapa concorrente: “Esta casa esquece a rusga da eleição e se une em torno do que sempre nos uniu desde que foi fundada, em 1880: as lutas pela engenharia, pela democracia, pela soberania e pelo desenvolvimento. Saúdo na pessoa do meu caro amigo e combatente pela democracia, pela soberania, pela engenharia e pelo desenvolvimento, Fernando Siqueira, porque lealmente combateu um bom combate”, disse ele.

A preocupação com a renovação no quadro de dirigentes do Clube de Engenharia também se fez presente na fala do presidente: “O dia também é de reflexão, particularmente em relação aos rumos da nossa casa. Nós somos a entidade mais antiga e mais representativa da engenharia brasileira”, disse Pedro Celestino, lembrando que cabe à nova diretoria “preparar a casa para a geração que nos sucederá com esse compromisso”. Ele saudou o ingresso, cada vez maior, de jovens profissionais às atividades do Clube. “Temos que honrar a esperança que nós levamos à juventude que conseguimos atrair ao Clube de Engenharia nestes três últimos anos, que se consubstanciou na adesão de mais de 2.500 jovens. Temos que fazer com que as DTEs sejam efetivamente a porta de entrada dos profissionais”, afirmou.

Entre as propostas de Pedro Celestino para trazer agilidade e modernidade ao funcionamento do Clube estão o emprego da tecnologia: “Temos que nos adaptar à realidade moderna. Essa é a casa da ciência, da tecnologia e da inovação. É indispensável levar o voto ao celular de cada um. É indispensável também levar o Clube de Engenharia, usando os benefícios da tecnologia de informação, aos outros clubes e entidades congêneres, de tal forma que nós possamos fazer com que aqui se discute seja discutido nacionalmente e o que lá se discute seja aqui também discutido”, convocou ele.

Auditório lotado para a cerimônia de posse dos novos dirigentes da entidade. Foto: Fernando Alvim

Defesa dos direitos sociais, políticas públicas e democracia
Na renovação do terço do Conselho Diretor, instância máxima do Clube, foram eleitos os conselheiros e conselheiras: Ana Lúcia Moraes e Souza Miranda, Carlos Antonio Rodrigues Ferreira, Elvio Lima Gaspar, Fátima Sobral Fernandes, José Luiz Alquéres, José Schiper, José Stelberto Porto Soares, Kátia Maria Farah Arruda, Luiz Alfredo Salomão, Luiz Antonio Martins, Luiz Edmundo Horta Barbosa da Costa Leite, Márcio Ellery Girão Barroso, Márcio Patusco Lana Lobo, Margarida Lima, Mário Augusto Pitangueira Borges, Nelson Martins Portugal, Nelson Duplat Pinheiro da Silva, Othon Luiz Pinheiro da Silva, Paulo José Poggi da Silva Pereira, Ricardo Moura de Albuquerque Maranhão, Duaia Vargas da Silveira, Jaques Sherique, Luiz Rodrigues Freire, Uiara Martins de Carvalho e Yara Teixeira Cavalcanti.

Integrando o seleto grupo dos conselheiros mais votados em cada eleição, Kátia Maria Farah Arruda proferiu discurso em que lembra dos compromissos sociais do Clube de Engenharia. “Eu gostaria de agradecer a todos pelo apoio, principalmente o trabalho dos colegas da chapa Engenharia e Desenvolvimento. Vou começar citando o artigo 6 do capítulo 2 da Constituição Federal, dos direitos e garantias fundamentais dos direitos sociais”, disse ela, indagando: “Será que do ponto de vista dos direitos sociais o Brasil é um país democrático?”

Conselheira eleita mais votada, Kátia Maria Farah Arruda (em pé) assina o termo de posse e é cumprimentada pelo presidente Pedro Celestino e pela conselheira vitalícia Margarida Lima. Foto: Fernando Alvim

“O Clube de Engenharia por ter um histórico centenário de lutas, não só pela engenharia, arquitetura e soberania nacional, mas também pelos direitos sociais. Poderia, devido ao gravíssimo momento histórico de crise econômica e financeira, organizar, seja a diretoria, os conselheiros, as DTEs, os sócios, a fazer um trabalho, uma contribuição conjunta, cada um em sua especialidade, em prol de um país com mais justiça social e desenvolvimento sustentável. Temos que avançar em propostas usando de todas as ferramentas possíveis desta entidade”, conclamou Kátia Arruda. “Esta diretoria organizou uma série de mesas redondas, muito boas, que resultou em um documento excelente chamado Projeto Nação Brasil. Podemos continuar essas mesas redondas, chamando entidades co-irmãs e outros conselhos, como OAB, e ampliar e detalhar, acentuando as várias especialidades da engenharia e arquitetura”, afirmou ela.

A conselheira ainda citou algumas propostas que pretende levar ao Conselho Diretor. “Propostas que ousem resolver o problema do déficit habitacional, a melhoria da qualidade do projeto de arquitetura e das construções das moradias de interesse social garantindo moradia digna e legal. Propostas de desenvolvimento das cidades com urbanismo sustentável, projetos de cidade inteligentes com mobilidade urbana, acessibilidade, sistemas de transporte inteligente e cidades mais resilientes e inclusivas. Saneamento básico: propostas que visem a estancar o retrocesso de desmonte em todas as áreas. Propostas para defesa do nosso pré-sal e de nossa Petrobras. E propostas que visem fomentar empresas e criar empresas: reforma tributária e redução de taxas de juros do sistema financeiro”, finalizou Kátia Arruda.

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