Impacto da Conclusão de Angra 3 para a segurança energética e o desenvolvimento do Rio de Janeiro e do Brasil

Obras da Usina de Angra 3. Foto: Eletronuclear.

Nota Técnica publicada pela Federação das Indústrias do estado do Rio de Janeiro (Firjan) - março/2019

A migração das tecnologias e indústrias para o mundo digital têm pressionado cada vez mais a demanda por eletricidade, forma de energia mais moderna e versátil existente. Até 2040, projeta-se crescimento da demanda por energia elétrica à taxa de 1,9% ao ano. Nesse contexto, a geração nuclear preserva sua importância na matriz energética mundial, responsável por mais de 10% da geração de energia. Além de ser uma fonte que não emite gases de efeito estufa, a energia nuclear destaca-se por seus aspectos estratégicos ligados à segurança nacional, oferta de energia firme e modicidade tarifária. Estes fatores são interessantes ao Brasil, que decidiu nos últimos projetos de hidrelétricas não mais investir em grandes reservatórios.

O polo nacional de geração nuclear é o estado do Rio de Janeiro. Além de possuir as duas únicas usinas nucleares em operação no país, Angra 1 e Angra 2, o estado conta com as instalações da INB - Indústrias Nucleares do Brasil, em Resende, responsável pelo enriquecimento do urânio, combustível nuclear. Ademais, em Itaguaí está sendo desenvolvido o PROSUB, Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil, responsável pela construção do primeiro submarino de propulsão nuclear com tecnologia nacional. Só neste projeto estão previstos R$17 bilhões em investimentos nos próximos dez anos, colocando o Brasil no seleto grupo de países com domínio dessa tecnologia. Garantindo a oferta de mão de obra para estas atividades, os únicos cursos de graduação, mestrado e doutorado em engenharia nuclear do país são ministrados na Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão.

Não obstante este ambiente favorável ao desenvolvimento da indústria nuclear, a construção da usina de Angra 3 foi paralisada diversas vezes por restrições econômicas e, mais recentemente, por desvios de recursos. Iniciada em 1984, Angra 3 possui 2/3 de suas obras físicas concluídas; para finalizá-la são necessários R$17 bilhões em investimentos nos próximos seis anos. Dado o avanço do projeto, abandonar Angra 3 não é mais uma opção; ao contrário, concluir trará vantagens significativas à sociedade! A entrada em operação dessa nova usina nuclear é fundamental para o desenvolvimento do município em que se localiza, para o estado do Rio de Janeiro e, principalmente, para a soberania nacional.

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