A reação da sociedade brasileira aos desafios impostos pela Covid-19 se deu em diferentes estratégias. Uma delas foi a Frente UFF, projeto de extensão multidisciplinar da Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense. Rafael Franco, estudante de Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente da universidade e integrante da Frente, foi o convidado da websérie Brasil Amanhã #60. Sobre as conquistas Franco explicou que o projeto é uma rede de combate à pandemia formada por estudantes, docentes, técnicos, empresas, secretarias de saúde e cidadãos. Ao todo, quase 300 pessoas se envolveram na Frente UFF desde março, início da pandemia. Entre os resultados, ele destaca as 17 mil face-shields produzidas por impressão 3D e entregues a profissionais de saúde, e os protótipos de respirador mecânico, caixa de Intubação e cabine de coleta de swab, todos direcionados para futuramente atender hospitais. De caráter horizontal, com decisões coletivas, o projeto ratifica a capacidade da universidade pública em gerar conhecimento e agir rapidamente diante de crises, apesar do pouco apoio governamental e de fundos reduzidos.

Rafael Franco é graduando em Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente pela Universidade Federal Fluminense (UFF), atual presidente do Diretório Acadêmico Octávio Cantanhede (DAOC) da Escola de Engenharia da UFF e integrante do Projeto Frente UFF - Rede de Combate ao Coronavírus.

Publicado em 03/11.

A evolução e a disseminação da Internet, a partir dos Estados Unidos, se deram em cenário de total falta de regulamentação pública. Para Marcos Dantas, professor titular da Escola de Comunicação da UFRJ e convidado da websérie Brasil Amanhã #59, a lógica econômica da rede, concentrada em plataformas que funcionam à base de coleta, análise e comércio de dados, impõe grandes desafios à soberania dos países, aos regimes democráticos e ao combate à desigualdade socioeconômica. Para o professor, é preciso esmiuçar, por exemplo, o fato de que os grandes fundos de investimento do capital financeiro alimentam e lucram com essas empresas. E a guerra comercial entre EUA e China é apenas mais um episódio desse contexto. A pandemia de Covid-19 e a educação forçadamente remota escancararam também esses desafios. Marcos Dantas defende que é essencial para o Brasil colocar essa agenda no centro dos debates de políticas públicas porque os dados são o petróleo do século 21.

Marcos Dantas é professor titular da Escola de Comunicação da UFRJ, doutor em Engenharia de Produção pela COPPE-UFRJ, professor e pesquisador dos programas de pós-graduação em Comunicação e Cultura (ECO-UFRJ) e em Ciência da Informação (ECO-IBICT/UFRJ), membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), diretor do Centro Internacional Celso Furtado.

Publicado em 30/10.

A Engenharia do futuro vem atender às necessidades de um mercado de trabalho que exige cada vez mais rapidez e eficiência em todos os processos e que utiliza da tecnologia para estes fins. A professora e consultora Ercilia de Stefano foi a convidada da websérie Brasil Amanhã #58 e tratou dessa temática, abordando também o emprego de metodologias ativas de ensino para a Indústria 4.0 e seu alinhamento com as novas diretrizes curriculares de Engenharia, aprovadas em 2019. As habilidades e competências exigidas se expandiram, afirma a professora, para abranger também a comunicação interpessoal, o conhecimento e o desenvolvimento de tecnologias, a atualização constante e a visão analítica. Metodologias ativas de ensino, baseadas, por exemplo, em resolução de problemas ou no trabalho em equipe, devem ser cada vez mais empregadas, auxiliando na formação deste profissional trans/interdisciplinar.

Ercilia de Stefano é pós-doutora em Engenharia Civil pela COPPE/UFRJ e em Sistemas de Gestão Sustentáveis pela UFF. Doutora em Engenharia de Transportes e mestre em Engenharia de Sistemas, ambos pela COPPE/UFRJ. Possui MBA em Gestão Estratégica em Comércio Exterior e é especialista em Gestão Estratégica Pública e em Gerência e Desenvolvimento de Sistemas Orientado a Objetos. Graduada em Matemática e advogada. Professora, pesquisadora e consultora.

Publicado em 27/10.

A PEC da Reforma Administrativa (PEC 32/2020), encaminhada em setembro pelo governo federal para o Congresso Nacional, propõe alterações profundas no funcionalismo público brasileiro. Para a economista Ceci Juruá, convidada da websérie Brasil Amanhã #57, trata-se de uma reforma que, na prática, intensifica o desmonte do Estado e contraria preceitos constitucionais em vigor, ao mesmo tempo em que reduz as competências do Congresso Nacional. Ceci Juruá afirma que toda a sociedade brasileira apoia e considera necessária uma reforma que elimine privilégios e desigualdades, principalmente nos altos salários do funcionalismo dos poderes Judiciário e Legislativo. Também deveria estar no foco de uma reforma construtiva o combate ao patrimonialismo e a imposição de regras éticas restritas para todos os servidores públicos e membros de altas funções estatais. Entretanto, a PEC 32/2020 não elimina os privilégios atuais e cria novos privilégios, além de enfraquecer o Estado nacional. A economista defende que “sem o Estado forte, democrático e bem dimensionado, a sociedade fica a mercê dos conglomerados estrangeiros e das altas finanças internacionais, atores que não primam por uma ética humanista nem imune a práticas ilícitas. Por ser anti-democrática e contrariar cláusulas pétreas da atual Constituição, o Congresso Nacional não deve aceitar a reforma proposta. A PEC deve ser devolvida ao Executivo”.

Ceci Juruá é economista, mestre em Desenvolvimento e Planejamento Econômico e doutora em Políticas Públicas. É membro do Conselho Consultivo da Confederação Nacional de Trabalhadores Liberais Universitários (CNTU) e sócia e membro do Conselho Fiscal do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento. Pesquisadora independente, é autora de “Visconde de Mauá. Defensor do Nacionalismo Econômico do Oiapoque ao Chuí” e “Horizontes de Reconstrução da Pátria Soberana".

Publicado em 16/10.

O Brasil possui duas heranças que, perenes em nossa história, ainda impõem desafios para que o país se torne, de fato, uma nação soberana: o colonialismo e a escravidão. Para o advogado e ex-deputado federal constituinte Vivaldo Barbosa, convidado da websérie Brasil Amanhã #56, somente quando enfrentarmos essas heranças é que poderemos vislumbrar um futuro igualitário. Ele lembra que, mesmo após a independência de Portugal, o Brasil continuou nas mãos de uma nação estrangeira, a Inglaterra, e que somente em 1850 é que o governo imperial começou a implementar políticas nacionais de industrialização. Entretanto, foi só com a República, já chegando ao século XX, que o país teve, pela primeira vez, políticas de proteção industrial e de crédito para que as indústrias nacionais pudessem florescer. E se a década de 1930 foi marcada pelo trabalhismo e pelo início do desenvolvimentismo, traços da política nacional que permaneceram mesmo sob o autoritarismo da Ditadura Militar, nos anos 1990 e hoje temos o alargamento de visões neoliberais que afastam o país, cada vez mais, de enfrentar sua própria história. É preciso defender os direitos (principalmente os trabalhistas) e a indústria nacional, afirma, se o Brasil quiser nas próximas décadas se firmar como uma nação forte e respeitada no restante do mundo.

Vivaldo Vieira Barbosa é advogado, professor e político brasileiro. Exerceu o mandato de deputado federal constituinte em 1988. É segundo suplente no Senado pelo Rio de Janeiro. Autor de “Industrialização e Nacionalização - Como se forja uma nação ou As Perdas Internacionais” (2019), "O pensamento político — do Iluminismo aos nossos dias" (2010), "Meeiros do Café – Gente e Ocupação da Zona Proibida do Caparaó (2009) e "A Rebelião da Legalidade" (2002).

Publicado em 13/10.

O ano de 2020 impôs diferentes desafios para a educação, inclusive com o fechamento de escolas e universidades para atividades presenciais. O Clube de Engenharia tem, com a Secretaria de Apoio ao Estudante de Engenharia (SAE), oferecido um espaço contínuo de troca de experiência e de conhecimentos para futuras engenheiras e futuros engenheiros. Para Thaís Silva, graduanda do curso de Engenharia de Produção e convidada da websérie Brasil Amanhã #55, essas ações são essenciais para manter vivo o espírito de aprendizado, de formação integral e de busca por inclusão na área. Ela cita o exemplo do Encontro Fluminense de Estudantes de Engenharia (EFFEng), neste ano realizado remotamente. Engajada em diferentes projetos estudantis e de formação profissional, Thaís reforça a validade de se aventurar e, mesmo no contexto da pandemia, continuar em contato com colegas e iniciativas.

Thaís Silva é graduanda de Engenharia de Produção. Agente de Inovação no Start up Rio, voluntária na Tecnogueto e compõe o Global Shapers RJ, uma iniciativa do Fórum Econômico Mundial, composta por uma rede de Hubs desenvolvidos e liderados por jovens entre 20 e 30 anos de idade. Uma entusiasta na agenda de diversidade, inclusão e empreendedorismo social. Atualmente é RSS IEEE, Representante Estudantil da Seção Rio de Janeiro no IEEE. Ainda no IEEE foi presidente do grupo de afinidade WIE (Woman in Engineering), presidente do ramo estudantil IEEE UFF e chefe de Logística na equipe de foguetemodelismo Lufft.

Publicado em 06/10.

O Rio de Janeiro foi a matriz do desenvolvimento de informática no país, nos anos 1960. Atualmente, no entanto, o setor de software e serviços enfrenta grandes desafios para se consolidar novamente. Para Benito Paret, convidado da websérie Brasil Amanhã #54, falta articulação entre empresas e universidades para além do apoio momentâneo a startups. É preciso também fomentar a formação de profissionais de Tecnologia da Informação (TI), mercado que segue crescendo e que, com o início da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), terá grandes transformações pela frente no pós-pandemia. A informática de hoje está conectada diretamente à Internet e a uma nova cultura sobre uso de dados. É uma oportunidade de mercado que precisa ser aproveitada. Benito Paret é presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Rio de Janeiro (TI Rio) e diretor executivo da Riosoft.

Publicado em 02/10.

As primeiras previsões sobre os impactos econômicos da pandemia de Covid-19 eram pessimistas, mas a realidade se mostrou ainda mais desafiadora. Para o empresário Cesar Prata, convidado da websérie Brasil Amanhã #53, esse impacto, no entanto, não atingiu da mesma forma a todos os setores: alguns não pararam. Enquanto o agronegócio e o setor de petróleo e gás se mantiveram estáveis, outros, como o de comércio eletrônico, viram oportunidades de crescer. Com relação ao setor industrial, afirma ele, a escassez de matérias primas (como o aço) tem dificultado a retomada. Mas o ambiente macroeconômico trouxe uma situação perfeita, segundo Prata, para estimular a produção local de bens, até então excessivamente dependente da produção chinesa. Com dólar alto e juros baixos há oportunidade de crescimento à vista, inclusive com parcerias na América Latina.

Cesar Prata é industrial, presidente da ASVAC Bombas Industriais Navais. Foi vice-presidente e ocupou o posto de presidente do Conselho de Óleo e Gás da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ). Entre outras atividades foi presidente da Câmara Naval & Offshore (CSEN) e conselheiro da Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (SOBENA) e do Conselho de Metalurgia & Mineração. É conselheiro da Fundação Gilberto Salvador (SP).

Publicado em 22/09.

O Instituto Militar de Engenharia (IME) é uma das universidades de excelência do Brasil e, no contexto da pandemia de Covid-19, tomou a decisão de adotar o ensino remoto para todos os seus estudantes ainda em março. O tenente-coronel Erick Galante, chefe da seção de Engenharia Química do IME e convidado da websérie Brasil Amanhã #52, afirma que a mudança repentina só foi possível graças ao esforço do quadro docente em mudar metodologias de ensino e, dessa forma, encerrar o primeiro semestre letivo de 2020. Na pós-graduação, o tenente-coronel explicou que as pesquisas continuaram, respeitando os cronogramas individuais dos estudantes, mas também o controle de acesso e higienização dos laboratórios. No viés científico, o IME tem assessorado projeto de reposicionamento de fármacos, estudando que medicamentos já existentes poderiam ser usados para o tratamento da nova doença. Parcerias com a Fiocruz e instituições internacionais levaram a um trabalho experimental que está em curso. Para Galante, essas iniciativas atestam o compromisso do IME em formar engenheiros de excelência, prontos a contribuir para o país.

Erick Galante é tenente-coronel do Exército e chefe da seção de Engenharia Química do Instituto Militar de Engenharia (IME). Possui graduação em Engenharia Química pelo IME, especialização em Engenharia de Segurança e mestrado em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestrado em Explosives Ordnance Engineering pela Cranfield University (Inglaterra) e PhD em Defence and Security, com ênfase em explosivos, também pela Cranfield University (Inglaterra). Atualmente é professor do IME, foi duas vezes coordenador do curso de graduação em Engenharia Química do instituto, é sócio do Clube de Engenharia e Conselheiro Regional do CREA-RJ. É membro da Royal Society of Chemistry (RSC, Inglaterra), do Institute of Explosives Engineers (IExpE, Inglaterra), da Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança (SOBES), da Sociedade de Engenharia de Segurança do Estado do Rio de Janeiro (SOBES-Rio) e da Academia Brasileira de Engenharia de Segurança (ABEST).

Publicado em 18/09.

 

A tragédia social, econômica, política e ética do Brasil é parte integrante de sua história desde a colonização. Pensar o futuro só é possível quando enfrentamos essa realidade. Para Roberto Amaral, ex-ministro da Ciência e Tecnologia e convidado da websérie Brasil Amanhã #51, o país urge por um Projeto de Nação que acolha essas contradições perenes e busque construir um caminho para o futuro pós-pandemia que passe pelo definitivo enfrentamento das desigualdades sociais. Países como EUA, China e Coreia do Sul, lembra Amaral, têm um Projeto de Nação e sabem o que querem alcançar enquanto sociedade e como pretendem atingir esses objetivos. O Brasil permanece na incerteza, na subserviência aos países ricos, um processo que nunca foi interrompido de fato desde o início da colonização portuguesa. Temos, afirma Amaral, todas as condições para um pleno desenvolvimento socioeconômico ambientalmente responsável: terra, riquezas naturais e povo. Falta, no entanto, enfrentar o passado e entender que as atuais políticas de destruição perpetuam uma história pautada pela escravidão, pela depredação do meio ambiente e pela exploração dos mais pobres.

Roberto Amaral é jornalista e advogado. Foi ministro da Ciência e Tecnologia, integrou o Conselho Estadual de Cultura do Estado do Rio de Janeiro e foi conselheiro da Itaipu Binacional. É professor adjunto (licenciado) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e professor titular da Faculdade Hélio Alonso. Semanalmente escreve na revista Carta Capital online e em seu blog Pensar Brasil. Publicou em 2020 o livro "História do Presente: conciliação, desigualdade e desafios" (E-Book da Editora Expressão Popular).

Publicado em 11/09

 

O Clube de Engenharia abre suas portas para que estudantes e profissionais recém-formados apresentem seus trabalhos de conclusão de curso na forma de palestras técnicas — uma iniciativa que tem trazido debates renovadores para a entidade centenária. Uma dessas apresentações foi a realizada por Francisco Costa, que pesquisou termografia aplicada ao setor elétrico. Convidado da websérie Brasil Amanhã #50, Costa falou sobre sua passagem e aprendizado no Clube de Engenharia e sobre desafios e perspectivas para o setor elétrico no contexto da pós-pandemia. Em linha direta com os estudantes, deu ênfase especial à importância do coletivo no enfrentamento das adversidades.

Francisco Araújo Costa é Engenheiro Eletricista com ênfase em Sistema de Potência e carreira desenvolvida no setor elétrico, com certificação para atuação na rede básica do ONS. Atua em Sistema Elétrico de Potência (SEP) desde 2001 e tem habilitação em Termografia desde 2003. Membro do Comitê Nacional Brasileiro de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (CIGRÉ Brasil), atualmente é Operador de COS Marte Engenharia/FURNAS. No Clube de Engenharia, Costa participou por dois anos de projetos a partir da Secretaria de Apoio ao Estudante de Engenharia (SAE).

Publicado em 08/09.

 

Os números preocupantes da falta de saneamento básico no Brasil mostram uma situação inaceitável: apesar de uma cobertura de rede de abastecimento de água de 90%, cerca de 100 milhões de brasileiros ainda não têm acesso regular à água potável, e 40% não têm coleta de esgoto. E, do total de esgoto coletado, apenas 60% é tratado. Para Marilene Ramos, engenheira civil com passagem em diferentes instituições públicas ligadas ao setor, a meta de universalização para 2033 está longe de ser alcançada e, por isso, é necessário incentivar que novos atores, além das companhias públicas, também se façam presentes. Convidada da websérie Brasil Amanhã #49 afirma que a Caixa Econômica Federal e o BNDES têm capacidade de financiar infraestrutura de saneamento desde que com recursos reembolsáveis. E defende que o desafio da reestruturação do setor no contexto do Marco Legal do Saneamento Básico (Lei nº 14.026), sancionado em julho, é justamente viabilizar a ampliação dos investimentos com a entrada dos investidores privados e o atendimento às metas legais de universalização.

Marilene Ramos é engenheira civil, com mestrado e doutorado pela COPPE/UFRJ. Entre 2008 e 2010, foi secretária do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro e, entre 2011 e 2014, foi presidente do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA). Foi diretora das áreas de Energia, Gestão Pública e Socioambiental, e Saneamento e Transporte no BNDES.

Publicado em 04/09.

O futuro do saneamento básico no Brasil continua em debate após a promulgação do novo marco legal do setor, em julho, com a Lei nº 14.026. Para Clovis Nascimento, engenheiro de carreira da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) e presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), o marco representa um retrocesso. Convidado da websérie Brasil Amanhã #48, Clovis afirma que, apesar dos números preocupantes da falta de saneamento básico no país, o Brasil vinha com um planejamento consistente de obras interrompido pelo Governo Federal atual e o anterior. Com o novo marco, o setor agora poderá ser controlado por empresas privadas, embora experiências nacionais (Manaus) e internacionais (França, Alemanha, Bolívia), entre outras, demonstrem que os desafios persistem e, por vezes, o setor privado se retira por falta de lucro ou por não conseguir implementar e administrar a infraestrutura necessária.

Clovis Francisco do Nascimento Filho é engenheiro civil e sanitarista, pós-graduado em Políticas Públicas e Governo. Atualmente é presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), vice-presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) e integrante da coordenação do movimento SOS Brasil Soberano. Exerceu o cargo de Subsecretário de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos do Rio de Janeiro e foi Diretor Nacional de Água e Esgotos da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades. Foi presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), e vice-presidente da 4ª Região da Asociación Interamericana de Ingenieria Sanitária y Ambiental (AIDIS), região que compreende Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil.

Publicado em 01/09.

A Secretaria de Apoio ao Estudante de Engenharia (SAE) surgiu em 2016 no Clube de Engenharia como uma estratégia de aproximar os estudantes da entidade e estimular a troca de conhecimentos com profissionais experientes. De lá para cá, o projeto tem trazido inúmeros frutos positivos, incluindo quatro mil novos sócios aspirantes, que pouco a pouco têm se envolvido com a luta essencial em defesa da Engenharia e da soberania nacional, sem deixar de lado o foco no conhecimento técnico. Luiz Fernando Taranto, jornalista e secretário-executivo da SAE, convidado da websérie Brasil Amanhã #47, fala sobre os desafios da SAE no contexto da pandemia de Covid-19 e também das perspectivas do trabalho.

Luiz Fernando Taranto é formado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela faculdade Estácio de Sá (1976). Exerceu diversos cargos na área cultural, particularmente com cinema. Trabalhou nas produtoras Embrafilmes e Mapa Filmes e foi chefe de gabinete do Instituto Municipal de Arte e Cultura do Rio de Janeiro (RioArte), que pensava a política cultural da cidade. Também foi assessor parlamentar da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro e do Congresso Nacional; e atuou como gerente de promoção da cidadania na prefeitura de Juiz de Fora (MG). Com o conselheiro e coordenador da Secretaria de Apoio ao Estudante de Engenharia, José Stelberto Porto Soares, atua desde 2016 à frente da SAE como secretário-executivo.

Publicado em 28/08.

Em 2020, o Clube de Engenharia completa 140 anos de existência. A "Casa da Engenharia Nacional", ao longo de sua história, esteve sempre ao lado daqueles que defenderam um Brasil justo, soberano e igualitário. Para Tatiana Ferreira, conselheira do Clube, a pandemia de Covid-19 e o estado de calamidade pública que o país vive hoje reforçam a necessidade de que engenheiras e engenheiros estejam juntos, em coletividade, pensando caminhos e soluções a partir de suas áreas de conhecimento. Convidada da websérie Brasil Amanhã #46, Tatiana conclama que, assim como ela, estudantes e engenheiros recém-formados tomem parte das discussões que, no Clube, moldam uma defesa contundente e técnica do desenvolvimento e da soberania nacional. Afinal, afirma, a Engenharia é o motor que fará o Brasil voltar a se desenvolver.

Tatiana da Silva Ferreira é engenheira civil, formada em 2018 pela Faculdade do Rio de Janeiro. Sócia aspirante do Clube de Engenharia desde 2014, passou a atuar, em 2015, como representante de sua faculdade na Secretaria de Apoio ao Estudante de Engenharia (SAE). Participou ativamente da realização das três edições do Encontro Fluminense de Estudantes de Engenharia (EFFEng), como comissão organizadora (2017), coordenadora (2018 e 2019) e assessora geral (2020). Desde 2018 integra o Conselho Editorial da entidade e, desde 2019, o Conselho Diretor. É também conselheira suplente na Câmara de Engenharia Civil do CREA-RJ (2019-2021). Atua como engenheira autônoma e empreendedora na TODA Engenharia, trabalhando no setor de reformas, construção e consultorias técnicas.

Publicado em 25/08.

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