CBDMA: Há trinta anos Clube mantém viva a chama do encontro nacional em defesa do meio ambiente

Após mais de 30 horas de palestras, mesas de debate, apresentações de trabalhos e minicursos, foi oficialmente encerrada, nesta sexta-feira, 26 de junho, a décima primeira edição do Congresso Brasileiro de Defesa do Meio Ambiente. Ao lado do diretor e conselheiro do Clube de Engenharia e conselheiro do CREA-RJ, Luiz Carneiro – na ocasião representando Reynaldo Barros, presidente do Crea-RJ –, o presidente Francis Bogossian agradeceu aos cerca de 300 participantes que, entre os dias 24 e 26 de junho, lotaram os auditórios e salões do edifício-sede Edison Passos. “Após longos 31 anos, ainda conseguimos manter a chama do CBDMA acesa. À equipe técnica, à coordenação e às DTEs envolvidas, meus parabéns. Tenho fé que, em três anos, estaremos aqui na décima segunda edição do nosso congresso”.

Com uma programação densa, que abordou os temas água e saneamento por inúmeros aspectos, as  recomendações do CBDMA estão em fase de sistematização e, segundo Francis Bogossian, serão amplamente divulgadas. "Um trabalho cuidadoso está sendo realizado pela comissão temática e posteriormente será apresentado à sociedade", informou. O professor Paulo Poggi, coordenador desta comissão, destacou, no entanto, que dois pontos são consenso por terem se destacado ao longo do Congresso. Durante a Palestra Magna, de Antônio da Hora, ficou claro que a escassez de abastecimento de água vivida pelos estados da região sudeste não tem como causa a estiagem, uma vez que secas piores já se abateram sobre a região sem nenhum prejuízo ao abastecimento das metrópoles. "Por isso, cremos ser necessário priorizar o abastecimento de água ao planejar a construção e a operação de reservatórios de uso múltiplo, com vistas a evitar a repetição da crise hidrica que está ocorrendo”, anunciou o professor.

Os impactos da abolição de grandes reservatórios nas obras de novas represas também está entre as primeiras das recomendações do congresso. Tendo como base os dados apresentados no dia 25 pelo professor Flávio Miguez, a comissão temática destaca ser necessário “incorporar, sempre que possível, reservatórios de regularização nos aproveitamentos hidrelétricos, procurando não ampliar a geração termoelétrica, que é mais dispendiosa e produz gás carbônico, incrementando o efeito estufa”.

As intervenções foram encerradas pelo Coordenador geral do CBDMA, chefe de gabinete da presidência do Clube de Engenharia, professor Edson Monteiro. “De acordo com a nossa estimativa, cerca de 70% dos participantes do congresso eram jovens com menos de 30 anos. Isso é um resultado fantástico para o Clube por revelar que, se continuarmos nesse caminho, podemos promover uma grande renovação no quadro social do Clube. Isso, obviamente, não exclui os 30% de pessoas com mais idade que mantém a esperança que nosso país possa despertar para sua independência a partir de seus recursos naturais e pela competência de seu povo", finalizou Edson.

A última atração do Congresso Brasileiro de Defesa do Meio Ambiente foi a Orquestra de Cordas da Grota. Sob a regência do maestro Nayran Pessanha, formada por alunos do projeto social que, duas décadas atrás começaram as  aulas de flauta doce, hoje se apresentaram com uma belíssima orquestra que encheu o auditório do Clube de Engenharia com os acordes de composições de Handel, Granados, Creston e Copland. O destaque foi para “Mourão”, composição de C. Guerra-Peixe, cantoria nordestina trazida à vida por violinos, cellos, violas e baixos e fechando com chave de ouro a décima primeira edição do Congresso Brasileiro de Defesa do Meio Ambiente.

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