Os geossintéticos e a estabilidade das obras nas olimpíadas

O público presente à palestra "Aplicação de soluções geotécnicas modernas em recentes obras para os jogos do Rio de Janeiro” teve a oportunidade, em 14 de julho, de obter mais informações sobre a engenharia nas obras olímpicas e conhecer novas tecnologias. Na ocasião, o engenheiro André Estevão Silva, Mestre em Infraestrutura de Transportes pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), presidente da Associação Brasileira de Geossintéticos - IGS Brasil e diretor da Huesker Ltda. apresentou produtos fornecidos pela empresa para as obras da cidade olímpica, tanto diretamente para as Olimpíadas quanto em obras para a cidade em geral, como o BRT Transolímpica.

A Huesker trabalhou em oito obras da Rio 2016: restauração de pavimentos no Porto Maravilha; reforço de pavimentos no BRT Transolímpica; estabilização de aterros no Viário do Parque Olímpico (avenidas Salvador Allende e Embaixador Abelardo Bueno); reabilitação de pavimentos no Programa Asfalto Olímpico; reforço de solos na Expansão do Parque Madureira; reforço de pavimento na Ampliação do Aeroporto Tom Jobim (Galeão); estabilização de aterros na Duplicação do Elevado do Joá; e reforço de solos no Campo de Golfe Olímpico.

A empresa ofereceu soluções com tecnologias modernas/geossintéticos para a infraestrutura dos jogos olímpicos cariocas, trabalhando com o geotêxtil, que permite boa condição de tráfego de equipamentos em solos que passarão por obras; e a geogrelha, capaz de reforçar e estabilizar aterros em solos moles, terrenos tratados, muros de contenção e taludes íngremes, além de fazer reforço estrutural em pavimentos e pisos industriais e em concreto asfáltico para bloquear trincas de reflexão em projetos de restauração de pavimentos. Utilizados principalmente para reforçar a estabilidade das vias, os geossintéticos ficam a certa profundidade no solo; evitam rupturas e protegem contra efeitos do tempo.

Na obra do Campo de Golfe Olímpico, por exemplo, os produtos se adequaram a um programa de preservação ambiental. Foi utilizada uma geogrelha para reforço de solo, e um geotêxtil reparador. Já na obra de duplicação do Elevado do Joá, o geotêxtil não serviu para garantir a estabilidade do solo na posteridade, mas sim para controle provisório de erosão durante as obras de contenção. Na ampliação do aeroporto do Galeão, as geogrelhas garantiram o reforço de pavimento, especialmente no acesso às pontes de embarque que vão receber aeronaves de maior carga. Os geotêxteis permitiram que, em alguns territórios, solos moles se mantivessem reforçados para se transformarem em pavimentos, como na expansão do Parque Madureira.

A palestra de André Estevão foi promovida pela Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) e pela Divisão Técnica de Geotecnia (DTG), com apoio da Divisão de Construção (DCO), da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS-Rio), da Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental (ABGE-Rio) e da Huesker Ltda.

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