Estudantes da SUESC assistem à palestra sobre Mecânica das Águas em Subsolos

No dia 30 de setembro, encerrando o mês, o Clube de Engenharia recebeu a visita de um grupo de alunos do curso de Engenharia Civil da Sociedade Unificada de Ensino Superior e Cultura (SUESC), para conhecer a instituição e assistir a uma palestra da Divisão Técnica Especializada de Estruturas (DES). No encontro, organizado e promovido pela Secretaria de Apoio ao Estudante de Engenharia (SAE), foram saudados pelo vice-presidente Sebastião Soares, que lhes falou sobre o histórico do Clube, objetivos e a extensa produção de conhecimento que marca sua trajetória centenária. Em seguida, conduzidos por diretores e funcionários do Clube, tiveram a oportunidade de conhecer os diversos espaços da sede social, no Centro do Rio de Janeiro.

O ponto alto da visita foram as exposições sobre Mecânica das Águas em Subsolos, no auditório do 22º pavimento, com debate ao final, sob a responsabilidade do engenheiro civil Antero Parahyba e da arquiteta Adriana Roxo, profissionais com atuação em danos nas construções. Em pauta, casos técnicos relacionados ao deslocamento da água no subsolo e a impactos causados por obras no entorno das edificações.


Ação da água e incidentes na Engenharia Civil
Na exposição, com projeção de slides, os palestrantes abordaram a incidência das águas nas encostas, sua descida, a penetração no solo, a passagem sob o solo urbano até a chegada ao mar, o carreamento de materiais finos, e a formação de vazios. Também falou-se dos desgastes e acidentes nas superfícies não estruturadas do solo urbano, recalques sob as fundações, adernamentos das edificações, deformações estruturais, fissuras etc.

O adernamento de prédios é um tipo de deslocamento frequente nas estruturas da cidade, como relatou Antero Parahyba:  “No centro do Rio de Janeiro, temos um solo encharcado no verão. Por isso, os edifícios de esquina inclinam e, dias depois, retornam à vertical. É possível notar isso olhando desde a Candelária para a Presidente Vargas. É possível ver os edifícios todos desencontrados na parte de cima”. Ele ainda destacou que casos como esses devem ser monitorados, mas a preocupação é uma questão cultural de cada localidade.


Num olhar para os estudos prévios às obras, dentro do escopo de trabalho que realizam, Antero Parahyba e Adriana Roxo alertaram para os cuidados que devem ser despendidos com as variações dos níveis das águas nos diferentes perfis regionais. Também comentaram a facilidade de contratação de projetos por via eletrônica, sem as barreiras das distâncias, e sobre lidar com a falta de conhecimento das configurações diferenciadas nessas localidades. O engenheiro civil alerta que a falta de atenção pode gerar problemas complicados nas condições de estanqueidade de pavimentos em subsolos e também nas integridades das lajes de subpressão. Ambos exemplificaram os conceitos expostos com a apresentação de casos reais, nos quais atuaram.

Estiveram presentes, também dirigindo palavras de incentivo aos seus futuros colegas, os engenheiros Bruno Contarini e Roberto Jermann. Ao final, o diretor técnico Fernando Tourinho, em nome do Clube de Engenharia, agradeceu a presença de todos, deixando as portas abertas “para o uso dos espaços e do conhecimento que sempre encontrarão”.

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