O Clube de Engenharia se reuniu em assembleia solene para a posse de membros do Conselho Diretor, recentemente eleitos. Empossados conselheiras e conselheiros, e apesar de ser ocasião de regozijo e congraçamento, o que se constatou foi o consenso de que o momento que o Brasil vive exige de todo o corpo dirigente do Clube de Engenharia profunda reflexão sobre os retrocessos que nos assolam. A responsabilidade que cabe a cada um, como profissional, como empresário, como liderança ou como cidadão, deixou evidente a necessidade de se aprofundar a perspectiva de união de forças,  para resistir ao desmonte, que está em curso, da nação brasileira.

Com o compromisso indeclinável com a engenharia, com a soberania e com a democracia, a Casa tem o dever de propor à sociedade, saídas para a atual crise que está a liquidar o esforço de gerações de brasileiros desde a década de 1930. Políticas que vêm sendo implantadas pelo governo Temer, e o grupo que o cerca no poder, não têm qualquer compromisso com a sociedade, com a democracia e com a soberania brasileiras.

E não nos basta denunciá-las.

É nosso papel, articulados com outros segmentos da sociedade, propor um projeto nacional. É nessa direção que apontam todas as nossas ações nos últimos meses. Assim fizemos contra o desmonte da Petrobras, patrimônio do povo brasileiro, que vem se transformando em mera produtora de óleo. Assim reagimos à inaceitável venda das reservas do Pré-Sal às empresas estrangeiras. Da mesma forma,  fortalecemos o movimento de resistência à política de transformar o BNDES, principal
indutor do nosso desenvolvimento industrial, em um banco comercial, em benefício exclusivo do mercado financeiro.

É responsabilidade nossa propor caminhos, como também fizemos há pouco, para impedir a alienação do patrimônio da Eletrobras. Cabe-nos discutir o petróleo, a mineração, a infraestrutura, a industrialização e tudo o que diz respeito às questões da engenharia que se colocam para a sociedade.

Estamos assistindo a uma liquidação acelerada, sistêmica e avassaladora de um país que está entre as dez maiores economias do mundo, frente a uma sociedade perplexa que já está se tornando infensa à gravidade dos crimes praticados.

O quadro é de extrema gravidade. Conclamamos conselheiros e diretoria a unirmos todos os nossos esforços, o mais rápido possível, para oferecermos à sociedade propostas para a construção da grande nação brasileira do século XXI.

Antes que seja tarde demais!

A Diretoria

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