EDITORIAL

Jornal Clube de Engenharia
N° 553 • Rio de Janeiro • Abril de 2015

A FAVOR DE UM BRASIL BRASILEIRO. AGORA E SEMPRE

As tantas manifestações textuais do Clube de Engenharia – informativas ou opinativas – na atualidade conjuntural do país refletem dois particulares do Clube: a sua vocação para a discussão equilibrada dos assuntos de interesse do país e de seu povo – cerne de sua fundação – e a convicção de que o Brasil atravessa uma página seriíssima na sua história.

Nenhum desses particulares supera o outro em termos de preocupação. A consciência de que o mundo inteiro convive com a realidade das lutas por hegemonia deixa o Brasil exposto às intempéries de fundamento geopolítico, capazes de abalar uma Nação abençoada em seus recursos naturais.

Afinal, é a busca permanente por tais recursos que leva os hegemônicos de plantão a agressões e violências contra o nacionalismo dos aquinhoados pela natureza, como todos sabemos ser o caso do nosso país. A entropia na prática política brasileira é muito elevada. Colocar a casa em ordem demanda uma energia colossal.

A crise política – cuja debelação depende de uma reforma transcendente – é agravada por uma variedade de fatores sociais e morais simultâneos que provocam confusão de entendimento na sociedade que, buscada a opinar, tende a fazê-lo equivocadamente, principalmente quando os mecanismos de formação de opinião a serviço da grande mídia distorcem a verdade.

O Conselho Diretor do Clube, num procedimento compatível com o ambiente democrático pelo qual tanto lutamos, decidiu-se por solicitar audiência ao presidente da Petrobras, deixando clara a sua confiança no lastro de competência do quadro técnico da grande empresa, entendendo-o como o instrumento mais qualificado – talvez único – para impedir que centenas de milhares de trabalhadores viessem ao desemprego, estado dramático marcado pelas demissões que estão pipocando em todo o país. A capa desta edição reproduz a carta enviada, dia 26 de março de 2015, à presidência da empresa.

Da posição equilibrada do Clube resultou um sério constrangimento. Na tarde de 31 de março de 2015, o dirigente máximo da grande empresa, alegando intensos serviços, respondeu, por meio de sua secretária, negando-se a conceder a audiência pleiteada. Voltamos assim às primeiras palavras deste editorial.

Resta-nos prosseguir nas manifestações textuais, mesmo sabendo da pouca eficácia de seus efeitos, mas, pelo menos honrando a memória de tantos brasileiros que passaram pelo Clube de Engenharia enobrecendo a razão de ser de sua existência na luta a favor de um Brasil brasileiro.

A Diretoria 

 

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