Com o objetivo de analisar e revisar os conceitos e a normatização em torno da impermeabilização, a Divisão Técnica de Estruturas (DES) promoveu o evento “Argamassas poliméricas para impermeabilização”. Substituta da argamassa convencional (ou argamassa cimentícia), a argamassa polimérica é utilizada principalmente no assentamento de tijolos ou blocos na construção de alvenarias. Membro de equipe técnica de empresa especializada em concreto, Diego Casela, abordou estudos de custo e benefício das soluções propostas e casos práticos.

A função dos projetistas que, em conjunto com a equipe técnica, devem especificar corretamente o produto necessário para cada situação foi tema da abordagem de Diego. “A empresa fabrica o remédio, treina e homologa os aplicadores, com gente trabalhando exclusivamente na pesquisa e desenvolvimento de produtos inovadores. Não só vendemos o produto. Queremos escutar as pessoas para pensar a solução”, explicou. Dentre os inúmeros produtos disponíveis estão métodos não destrutivos para tubulações a juntas asfálticas contínuas.

O engenheiro civil Emílio Takagi, formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), tratou dos conceitos e do desempenho das argamassas poliméricas. Para simplificar a exposição, Takagi comparou as empresas especialistas em concreto à indústria farmacêutica. “Peço que olhem como se fizéssemos remédios, só que para estruturas de concreto. Se vocês nos olham como indústria farmacêutica, olhamos os engenheiros como médicos. Os que constroem são obstetras que trarão para o mundo uma estrutura de concreto”, ilustrou.

No resgate da área de segurança nas construções, os materiais utilizados nas obras foram destaques. “Antes de 1999, todas as paredes brancas eram óxido de chumbo. Só recentemente passou-se a usar óxido de titânio. Os perigos permeiam o nosso dia a dia. Na argamassa polimérica pode ter cromo, óxido de chumbo, por exemplo. Hoje, há muita fiscalização das indústrias químicas”, exemplificou. Takagi encerrou a palestra esclarecendo a normatização que rege a produção e a aplicação das argamassas.

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