Clube de Engenharia é homenageado por sua trajetória histórica

Duas medalhas, com fitas com as cores da bandeira da cidade (azul, vermelha e branca), conferiram ao Clube de Engenharia, desde o dia 23 de março, a principal homenagem que o Rio de Janeiro, por meio de sua Câmara Municipal, presta a quem mais se destaca na sociedade brasileira. Autor da proposta, o vereador Reimont expressou sua honra em entregar o Conjunto de Medalhas do Mérito Pedro Ernesto ao presidente Pedro Celestino, decisão que foi unânime em sessão plenária dos vereadores. Após exaltar a trajetória histórica de lutas do Clube pela engenharia brasileira e pela democracia, do apoio à abolição da escravatura, na década de 1880, passando pelas Diretas Já, o combate à privatização de estatais, até a defesa do pré-sal, mais recentemente, Reimont leu um trecho do artigo Crise na Engenharia, publicado em janeiro deste ano.

“O Clube de Engenharia enobrece o Conjunto de Medalhas Pedro Ernesto e prova que tem lado. O lado do Brasil. O lado dos brasileiros, da classe trabalhadora, da engenharia e da defesa do nosso país. Por isso considero que a entrega da mais alta comenda da Câmara Municipal do Rio de Janeiro ao Clube de Engenharia é um reconhecimento ao histórico da instituição e é também a devida homenagem à sua intransigente luta atual, luta de todos nós que defendemos o melhor para o Brasil.”

Democracia e desenvolvimento
Ao expressar a honra de receber a homenagem na “casa do povo do Rio de Janeiro”, o Palácio Pedro Ernesto, o presidente Pedro Celestino enalteceu mais ainda a honraria ao resgatar a história do prefeito que deu nome à Câmara Municipal e às medalhas que acabara de receber: “Médico, ligado às causas populares e à cultura popular, prefeito eleito de 1931 a 1934 e novamente em 1935. Esta casa tem compromisso com a democracia, tem compromisso com as lutas comunitárias. Aqui é o berço da atividade política. Por aqui passaram grandes brasileiros”.

Sobre a trajetória do Clube, caracterizou o trabalho da instituição em duas das principais linhas de ação: a defesa intransigente da democracia e as questões estratégicas para o desenvolvimento do país. Citou episódios do desenvolvimento da cidade que o Clube acompanhou e nos quais atuou, como a expansão da rede de água e esgoto, a modernização das vias, e a fundação da maior estação de tratamento de água em operação do mundo, a ETA Guandu. “Todas essas atividades foram debatidas, discutidas, acompanhadas pelo Clube de Engenharia. (...) A nossa trajetória está intimamente ligada à cidade do Rio de Janeiro, com o compromisso de participar da discussão de todos os problemas que afligem a sua população.”

Desmonte da engenharia
Pedro Celestino destacou, ainda, o grave momento pelo qual passam as empresas brasileiras de engenharia: “Estamos diante de um quadro de desmonte de tudo que foi feito nesse país nos últimos 60 anos. O Brasil moderno, o Brasil que foi construído por nós engenheiros, da década de 50 para cá, está em processo de dissolução. Existe um colapso da economia, mercê de uma política econômica que atende única e exclusivamente ao capital financeiro, que leva o desemprego a mais de 12 milhões de brasileiros, que se somados aos seis milhões que já não mais procuram emprego, e suas respectivas famílias, os colocam diante de um quadro de angústia e desespero de cerca de 40  milhões de pessoas. Isso não pode continuar”. Concluindo, o presidente do Clube de Engenharia reafirmou o compromisso da instituição de resistir ao desmonte da economia, em defesa da soberania e da democracia do Brasil.


Muitas homenagens
Também homenagearam o Clube de Engenharia, além do vereador Reimont, o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-RJ), Jerônimo de Moraes; o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-RJ), Reynaldo Barros; o presidente da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (SEAERJ), Nilo Ovídio Lima Passos; os ex-presidentes do Clube de Engenharia Agostinho Guerreiro, Heloi Moreira e Renato Almeida e o deputado estadual Eliomar Coelho. 

Estavam presentes no plenário autoridades como o conselheiro Saturnino Braga, ex-prefeito, que fez questão de lembrar seus tempos de vereador na Câmara Municipal;  Marcelo Barbosa da Silva, diretor executivo do Instituto Casa Grande; Claudio Amaral, presidente da Associação dos Geólogos Profissionais do Rio de Janeiro (APG); e José Leonel Rocha Lima, presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado do Rio de Janeiro (AEARJ), além de amigos, convidados e integrantes do Conselho Diretor, da Diretoria e do quadro de funcionários do Clube de Engenharia.

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