Clube de Engenharia sedia o maior encontro de estudantes de engenharia do IEEE no Brasil

Em sua maior edição, a XIV Reunião Nacional de Ramos Estudantis do IEEE 2017 & V Reunião Nacional de Young Professionals do IEEE 2017 (IEEE RNR & RNYP 2017) reuniu cerca de 250 estudantes, de 32 universidades de todo o país para um evento com a missão de promover o intercâmbio de conhecimentos com foco na difusão tecnológica e inserção no mercado de trabalho. O tema deste ano foi “A crise na engenharia provocando novas perspectivas: como o IEEE pode unir as universidades ao mercado de trabalho”. Na programação, palestras, grupos de discussão, mesas-redondas e workshops, com convidados vindos de universidades, associações e empresariado.

Jéssica Barbosa de Souza, estudante de Engenharia Elétrica da UERJ e coordenadora-geral do encontro, salientou o percentual expressivo de mulheres, representando 40% do total de inscritos. Na programação ocorreram espaços dedicados ao WIE (IEEE Women in Engineering), projeto do IEEE com objetivo de fomentar a participação de mulheres na engenharia. "Queremos criar iniciativas para atrair mais mulheres para a área de exatas", afirmou. Nas reuniões no RNR, as estudantes de engenharia decidiram criar um conselho nacional, com representantes eleitas, para fortalecer o projeto e buscar ações maiores. "Um deles, por exemplo, é dar aulas de programação e robótica em escolas públicas", contou Jéssica, que integra o grupo que vem estruturando a Secretaria de Apoio ao Estudante de Engenharia (SAE) no Clube de Engenharia, sob a coordenação do conselheiro José Stelberto Soares e a secretaria executiva de Luiz Fernando Taranto.

A coordenadora-geral do encontro, que também é presidente do Ramo Estudantil do IEEE da UERJ, deu ênfase ao apoio do Clube, por meio da SAE, na realização do evento. "Pesquisando organizações que poderiam nos apoiar e locais para sede, a opção pelo Clube de Engenharia e a dinâmica da organização do RNR acabou por aproximar mais os estudantes do IEEE da SAE”, comemorou.

Destaques na programação

Os espaços dedicados à Internet das Coisas (no inglês, Internet of Things, ou IoT) foram disputados. Um conceito que vem ganhando cada vez mais popularidade no mundo, a IoT fala de objetos do dia a dia que, conectados à Internet, possibilitam a troca de informações e diversas novas funções.

Lisandro Lovisolo, professor de Engenharia Eletrônica da UERJ, realizou palestra sobre o assunto e destacou o papel da IoT no desenvolvimento tecnólogico atual. "O IoT tem um grande potencial de mercado em toda a engenharia. E parece ser um dos grandes cenários para geração de empregos e criação de produtos e de riquezas por um bom tempo, com empresas já apostando nele.Temos pessoas trabalhando nisso, na área de computação, telecomunicações, elétrica e eletrônica, e mesmo estudantes de engenharia estagiando na área", afirmou. Lovisolo tratou dos requisitos técnicos de comunicação que devem ser considerados ao se pensar em aplicações para IoT, de modo a criar "objetos inteligentes" que melhorem a qualidade de vida das pessoas. "É um conceito que se liga a outros, como o das cidades inteligentes (smart cities), plantas de energia inteligentes e saúde eletrônica", disse o professor.

Para Gabriel Cardoso, engenheiro formado em 2014 e presidente do comitê de atividades estudantis da seção Rio de Janeiro da IEEE, o evento superou em muito as expectativas dos organizadores. "Temos acompanhado, ao longo do tempo, um amadurecimento dos estudantes em relação ao que eles consideram importante na própria formação, e como estão potencializando, por vias próprias, habilidades que não teriam somente pela formação tradicional. O ponto alto do evento são os estudantes trazendo os projetos que estão criando em suas universidades para mostrar uns aos outros. Estão cada vez mais organizados e desenvolvendo atividades cada vez mais complexas ainda na graduação", afirmou Gabriel. Durante o evento ocorreram premiações de projetos estudantis nas categorias de Gestão e Parcerias, Desenvolvimento de Membresias, Atividades Técnicas, Sustentabilidade e Responsabilidade Social, Inter-Ramos e WIE (incentivo a mulheres na engenharia).

Integraram a mesa da cerimônia de abertura Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia,  ao lado de José Roberto Marca, membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e professor da PUC; Antonio Carlos Ferreira, professor do departamento de Engenharia Elétrica da UFRJ e diretor da Região 9 do IEEE; Tatiana Mariano Lessa de Assis, professora do departamento de Engenharia Elétrica da UFRJ e presidente da Seção Rio de Janeiro do IEEE; além de representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) e da Rocket.Chat.

Foco nos avanços tecnológicos

O Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) é a maior e a principal associação profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia, formada em 1963 a partir da fusão de outras duas associações. Conta com importantes publicações nas áreas de Engenharia Elétrica, Eletrônica, Computação, Biomédica, Aerospacial, Sistemas de Potência e Telecomunicações, estabelecendo diversos padrões técnicos nessas áreas. Tem 430 mil membros (27% deles estudantes) em 160 países e fomenta a integração profissional e a inovação tecnológica. A organização do evento foi realizada pela Seção Rio de Janeiro da IEEE e contou com estudantes das Universidades do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Federal Fluminense (UFF) e Católica de Petrópolis (UCP), além do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio).

 

Receba nossos informes!

Cadastre seu e-mail para receber nossos informes eletrônicos.

O Clube de Engenharia não envia mensagens não solicitadas.
Pular para o conteúdo