No dia 28 de junho, o Clube de Engenharia, através da Secretaria de Apoio ao Estudante de Engenharia (SAE), promoveu a visita técnica de alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), em Angra dos Reis.

Segundo Thaís Zacharia, presidente do Centro Acadêmico de Engenharia da Escola Politécnica da UFRJ (CAEng), que ajudou a organizar a ida a Angra, a procura foi grande. Somente entre estudantes das 14 graduações de engenharia que o CAEng representa, foram 143 interessados para 25 vagas. Como o ônibus tinha 40 vagas, 10 foram cedidas ao Diretório Acadêmico da Escola de Química (DAEQ) e cinco ao Centro Acadêmico do Instituto de Química (CAIQ).

Aprendizado técnico e teórico
A primeira parada da visita foi no Centro de Informações, onde os estudantes assistiram a uma palestra de José Chahim, Relações Públicas e supervisor do Centro de Informações da Eletronuclear, a respeito da geração de energia nuclear e vantagens do uso do urânio como combustível, entre outros assuntos da área. Também foi possível estar na sala de controle de Angra II, aprendendo sobre o treinamento dos profissionais, e também na turbina, com o uso de equipamentos de proteção individual. Por último, a visita contemplou o Centro de Treinamento de Simulações de Angra II, espaço onde instrutores e treinandos simulam a operação da usina.

Interesses e surpresas
Thaís Zacharia, que estuda Engenharia de Petróleo, apesar de estudar sobre uma outra fonte de energia viu-se interessada pela área nuclear. Para ela, a visita quebrou a ideia de que a radioatividade é perigosa e se propaga facilmente: “Existe o mito de que tudo numa usina nuclear é radioativo, mas é como falaram na visita, que a radioatividade está em todo lugar sempre, na rua inclusive. Além disso, existem vários mecanismos de proteção e na saída da usina existe uma máquina que mede a radioatividade do seu corpo e mostra que não fez diferença”.

No caso de Arthur Castro, estudante de Engenharia Mecânica, o apreço pela área nuclear já existia e ficou ainda maior. “Eu já tinha interesse antes da faculdade, e agora com a visita animei mais”. Além disso, foi o primeiro contato mais técnico, pois pouco se fala de energia nuclear na graduação. Uma surpresa, para ele, foi ver, pelos dados, o quanto a engenharia nuclear no Brasil é avançada.

A estudante de Engenharia Naval Thaís Pessoa também viu a possibilidade de ser “nuclear” na futura profissão, trabalhando com submarino de energia nuclear (atualmente em desenvolvimento pela Marinha). Ela se impressionou com o tamanho da área que as usinas ocupam. Imaginava que fosse maior e que a visita fosse levar mais tempo. Também se espantou com o treinamento que os funcionários têm para garantir a segurança: “Me impressionei com a sala de controle, as provas, o treinamento. As pessoas têm que se formar bastante para o trabalho e é um treinamento específico. Pensei que fosse algo mais geral”, afirmou.

Esta foi a segunda visita às usinas nucleares de Angra promovida pela SAE. A primeira aconteceu no final de abril com estudantes de várias universidades do estado. Para Thaís Pessoa e Arthur Castro, foi a primeira atividade com o Clube de Engenharia. Já Thaís Zacharia tem um contato mais próximo, participando ativamente da SAE. Ela destacou as possibilidades que a parceria vem proporcionando: “Nem sempre a visita técnica é possível pela universidade. O Clube de Engenharia tem mais caminhos”.

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