Existe um encadeamento virtuoso entre  Ciência, Tecnologia & Inovação, Engenharia e Desenvolvimento, e o estabelecimento dessa articulação é premissa básica para a construção de uma nação soberana Esse é o grande desafio que o Brasil precisa enfrentar nas próximas décadas, a caminho da autonomia tecnológica e econômico-financeira no cenário internacional. Internamente, é indispensável preservar e fortalecer o estado democrático de direito, prosseguir no reconhecimento de direitos essenciais de cidadania de toda a população e, desta forma, assegurar um desenvolvimento sustentável e socialmente inclusivo. 

A retomada do desenvolvimento brasileiro com os atributos acima referidos não é um projeto trivial. É o objetivo – e o resultado – de um plano estratégico nacional, de longo prazo, cuja formulação e sua própria implementação, constituem responsabilidades das instituições republicanas nas diversas instâncias federativas, com a participação de todos os segmentos sociais. Nesta perspectiva, o Clube de Engenharia, como entidade da Sociedade Civil, reivindica, com veemência, medidas que assegurem a sobrevivência e o fortalecimento da engenharia nacional, o enraizamento no Brasil das tecnologias e inovações aqui desenvolvidas e a importância de conteúdo nacional crescente nos investimentos aqui realizados. É também imprescindível o fortalecimento da empresa brasileira de capital nacional, com o controle efetivo, direta ou indiretamente, de pessoas físicas residentes e domiciliadas em território brasileiro. Cada vez mais, é fundamental restaurar a diferenciação com a empresa brasileira aqui sediada, mas controlada do exterior. 

O desenvolvimento tecnológico dos sistemas produtivos tem conferido caráter hegemônico mundial aos países centrais. Também é inquestionável que todas essas nações, sem exceção, construíram forte e eficaz aliança, permanente e sustentável, entre o Estado nacional e a empresa privada de capital também nacional. Onde não se percorreu esse caminho, o trágico resultado é a dependência política, econômica, científica e tecnológica. 

Com a ação do Estado e políticas públicas adequadas, engenharia, industrialização e desenvolvimento, encadeados e articulados, constituem uma solução eficaz e garantem qualidade de vida para o nosso povo. O Clube de Engenharia acredita que é preciso lutar por isso e, em conjunto com outros segmentos, trabalhar para que seja construído um Plano Estratégico Nacional, hegemônico e de longo prazo, que possa ser apropriado pelo Estado e por todos os estratos da sociedade. 
Não podemos perder de vista que o Brasil vive um momento decisivo, com um embate de ideias e estratégias que atingirão as próximas gerações. O que está em jogo é a soberania nacional e a luta do povo brasileiro por uma vida digna e cidadã. A inovação tecnológica tem função essencial para transformar núcleos estruturantes da economia nacional, atividades produtivas ainda em fases incipientes, como a exploração das reservas de hidrocarbonetos do Pré-Sal e a utilização sustentável da biodiversidade existente nos biomas brasileiros. 

Também reforça a existência de encadeamentos produtivos com alta densidade tecnológica. Isso terá efeitos multiplicadores sobre a renda e o emprego e reduzirá a vulnerabilidade externa da economia brasileira. O Clube de Engenharia entende que, nesse cenário, a engenharia brasileira – motor do desenvolvimento – não pode estar ausente. Tampouco podemos nos omitir.

A Diretoria  

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