Petrobras e UFRJ inauguram Núcleo de Biocombustíveis, de Petróleo e de seus Derivados

Com os aplausos do Clube de Engenharia, defensor implacável da necessidade de investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento, a Petrobras e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inauguraram, dia 6 de julho, o Núcleo de Biocombustíveis, de Petróleo e de seus Derivados (NBPD), na Cidade Universitária, Ilha do Fundão (RJ). Com investimentos de R$ 5,2 milhões, o complexo de laboratórios vai realizar pesquisas nas áreas de biotecnologia e de engenharia química. Serão estudadas linhas de pesquisa voltadas para o desenvolvimento de processos químicos e bioquímicos, com base em matéria-prima renovável, para obtenção de biocombustíveis, e estudos avançados com petróleo e seus derivados.

Para o reitor da UFRJ, Carlos Levi, que participou da cerimônia, o modelo de organização do Núcleo, coordenando vários laboratórios, promove a articulação das equipes e garante eficiência nos resultados. “Tenho certeza que daqui surgirão vários trabalhos, que vão sustentar iniciativas e projetos de grande alcance e interesse nacional”, afirmou.

O gerente de Gestão Tecnológica da Petrobras Biocombustível, João Norberto Noschang Neto, lembrou que o projeto de produção do etanol de segunda geração, produzido a partir do bagaço de cana, começou na UFRJ há oito anos. “Avançamos muito e, em 2015, vamos produzir comercialmente”.  Ele afirmou que a Companhia quer ter uma relação cada vez mais próxima da comunidade científica. “Vamos acompanhar, testar o resultado do trabalho e preparar nossa Companhia e o nosso país para os desafios do abastecimento energético e do crescimento das fontes renováveis”, disse.

O coordenador do Programa Tecnológico de Biocombustíveis do Cenpes, Francesco Palombo, destacou a satisfação em inaugurar o novo núcleo de pesquisas, que ampliará a capacidade e as oportunidades em desenvolvimento na área de renováveis. “São grandes os desafios nesse setor e as expectativas aumentam com mais esse empreendimento”, falou.

Infraestrutura para pesquisas
Composto por 16 laboratórios e três plantas piloto, que ocupam uma área de 2 mil m2 na Cidade Universitária, o núcleo faz parte da Rede de Bioprodutos e dará suporte ao desenvolvimento dos estudos em uma escala maior, a fim de avaliar a viabilidade das pesquisas antes de desdobramentos industriais.

O diferencial desse núcleo será o trabalho de forma associada de matérias-primas renováveis e fósseis. No NBPD, será utilizado o conceito de Biorrefinaria, que se baseia na utilização de biomassa para a produção de biocombustíveis para transporte, bioprodutos e energia, seguindo diferentes plataformas tecnológicas – bioquímica, termoquímica e oleoquímica -, com mínima geração de resíduos e emissões.

No núcleo, há reatores de cultivo de microalgas, por meio dos quais será possível aprofundar os estudos sobre o potencial da biomassa como alternativa futura para produção de biocombustíveis. Além disso, serão realizadas pesquisas em processamento de biomassa, microbiologia e biologia molecular, bioprocessos, engenharia de produto, processos termoquímicos, desenvolvimento de catalisadores, produção e caracterização de biodiesel, biomateriais, fluidodinâmica computacional, automação e controle de processos, reologia e termo-análise, modelagem e cinética, formação de hidratos na Exploração e Produção de Petróleo, termodinâmica e fluidodinâmica computacional aplicadas à indústria petrolífera, emulsões água-óleo, entre outras.

Fonte: Agência Petrobrás

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