ADILIO LUIZ MONTEIRO DE BARROS 
“Engenheiro das águas” 

Nasceu em 21/11/1926. Formou-se em engenharia civil na Escola Nacional de Engenharia no ano de 1949. Neste mesmo ano casou-se com Yolanda Ferreira com quem formou uma grande família de 5 filhos, 12 netos e 9 bisnetos. 

Dedicou sua carreira ao abastecimento de água da Cidade do Rio de Janeiro seguindo uma tradição de 150 anos dos Monteiro de Barros na prestação de serviços à população. Seu antepassado, Antonio Monteiro de Barros, Diretor Geral da Inspetoria de Águas do Rio de Janeiro, ainda no tempo do imperador D. Pedro II, foi homenageado com a denominação do Reservatório Monteiro de Barros no bairro do Engenho de Dentro inaugurado em 1908 e peça essencial para o abastecimento de bairros da Zona Norte. 

Adilio era filho do Tenente da Guarda Nacional Antonio Monteiro de Barros, que também trabalhou para o Departamento de Águas do Distrito Federal, e de Jacy Maciel Monteiro de Barros. Entrou no serviço publico em 1947 como topógrafo e projetista, aprendendo com os grandes engenheiros e mentores dos sistemas de abastecimento que funcionam até hoje. O Distrito Federal tinha uma carência crônica e grande dependência das variações sazonais e a população crescia de forma acelerada. O Rio só veio a ser adequadamente abastecido a partir da década de sessenta. Em 1949, tendo concluído seus estudos, passou a ocupar cargos de engenheiro sendo promovido a chefe de distrito, chefe de divisão e diretor. O Departamento de Águas passou a CEDAG e posteriormente CEDAE. 

Na mesma época em que o engenheiro Adilio assumia responsabilidades técnicas e gerenciais no Departamento, entrava em funcionamento a segunda adutora de Lajes e discutia-se o projeto de aproveitamento do Rio Guandu. Adilio colaborou no desenvolvimento do projeto e implantação da adutora que levaria água até o reservatório Monteiro de Barros e acabou sendo estendida até o Reservatório Macacos na Zona Sul, inaugurada em 1958. Foi responsável pela operação dos grandes sistemas de abastecimento que até hoje asseguram o fornecimento de água no Rio de Janeiro e Baixada Fluminense. Na década de sessenta, no governo Carlos Lacerda, foi criada a CEDAG que obteve recursos diretamente no Banco Interamericano de Desenvolvimento, no montante de 90 milhões de dólares, para por em prática os velhos sonhos de Adilio, seus antepassados e de toda a CEDAG: a expansão do sistema Guandu, que prometia “água até o ano 2000”. Cumpriu a promessa. A obra foi realizada com grande competência pela Companhia. Adilio foi um dos entusiasmados colaboradores da obra do século como foi denominada e concluída em 1966. 

Aposentado, realizou trabalhos de consultoria para a Organização Mundial de Saúde em diversos países da América Latina. Colaborou em projetos de saneamento no Peru e Guatemala para implantação de sistemas de abastecimento de água e esgoto garantindo melhores condições de saúde pública e maior expectativa de vida das populações assistidas. 

Residia em Teresópolis, cidade serrana, onde faleceu no dia 18/06/2011 , sendo sepultado no cemitério São Francisco Xavier - Caju no Rio de Janeiro.

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