O Clube de Engenharia se despediu em 26 de junho de um de seus mais ilustres associados e ex-conselheiros. O engenheiro Marcos Vianna, que presidiu o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por nove anos (1970 – 1979), deixou em sua gestão e ao longo de sua vida a marca de um desenvolvimentista.
Em total sintonia com as bandeiras do Clube de Engenharia, onde ocupou uma cadeira como membro do Conselho Diretor em 1982 e 1983, Vianna teve papel decisivo na política nacional de substituição de importações nos anos 70, dando grande impulso à industrialização brasileira.
Durante os governos militares, Vianna comandou o BNDES buscando defender a pluralidade de pensamento. Segundo trecho de seu livro "Marcos Vianna, memórias de uma revolução industrial", alguns dos mais competentes funcionários do banco tinham algum histórico ligado à esquerda, como Roberto Saturnino Braga - também conselheiro do Clube – a quem designou para "responder pelo expediente", apesar de suas funções no comando. A ideia é que Saturnino pudesse trabalhar sem o cerceamento do Serviço Nacional de Informações (SNI). Marcos Vianna foi vítima de um infarto em seu apartamento. O corpo foi cremado na tarde do dia 27 de junho.