Friedrich Katzer foi um geólogo e mineralogista austríaco. Sua história, assim como a de muitos geólogos, se confunde com a da Geologia brasileira. Continuando a série que pretende reavivar a memória da Geologia no Brasil, a Divisão Técnica de Recursos Minerais (DRM) do Clube de Engenharia realizou a mesa redonda “A contribuição de F. Katzer para a Geologia do Brasil”.

O geólogo estudou nas Universidades de Praga e de Giessen. Tornou-se especialista em Mineralogia e Geologia na Universidade de Leoben em 1892. Logo em seguida, Katzer chegou ao Brasil. Foi responsável pelas áreas de mineralogia e geologia do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, do qual foi um dos fundadores. No Pará e na região amazônica empreendeu vários projetos exploratórios e criou coleções mineralógicas e geológicas no Museu de Belém.

O chefe da DRM, Benedicto Rodrigues, relatou suas experiências de quando esteve no Pará, na década de 1960. Os geólogos José Humberto Iudice e José Ribamar Bezerra, palestrantes convidados, falaram sobre realidade da região da Amazônia brasileira. Iudice lembrou a importância do Museu Paraense, que hoje chama-se Emílio Goeldi, que é a mais antiga instituição de pesquisa na região amazônica. Outro tema citado foi a recorrente realidade da falta de investimentos na área de Geologia.

Para José Ribamar, o alicerce feito por esses grandes nomes da Geologia, entre eles Katzer, possibilitou a estruturação de feitos importantes para o Brasil atual. “O Pará conta com três Escolas de Geologia, isso tem muito a ver com a presença desses pesquisadores e com a história do desenvolvimento trazido pelas pesquisas. O Pará é, além disso, uma verdadeira tabela periódica, capaz de fornecer diversos elementos. Naquela região estão, entre outros, a Reserva Nacional do Cobre e o ouro na região do Tapajós,” explicou Ribamar.

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