Palestra no Clube aborda implosões e explica exemplo do edifício Palace II

No passado, em casos como o do edifício Palace II, entre outros, as técnicas de implosão foram focos de discussões na área de engenharia de segurança. O aprofundamento desse debate foi o tema em pauta na última terça-feira, no Clube de Engenharia. O engenheiro de minas, Manoel Jorge Diniz Dias, palestrante da noite, falou sobre condições do entorno e técnicas de segurança para implosões. O tema é bastante oportuno, já que algumas obras do Porto Maravilha têm exigido implosões.

Manoel foi o engenheiro responsável pela implosão do Palace II e, durante a palestra, exibiu vídeos sobre o assunto. “Usamos o térreo e dois andares de garagem para fazer a implosão. Depois, foi feito um trabalho de garimpo por 12 meses em busca de documentos e objetos dos moradores. Uma comissão ficou responsável por resgatar tudo que havia sido perdido”, conta Manoel sobre a implosão do Palace II.

Ainda sobre o edifício Palace II, Manoel Diniz afirmou que estava claro o colapso iminente do prédio. Ressaltou que houve uma série de detalhes técnicos que foram implementados e que acabaram proporcionando um resultado satisfatório da implosão. “Eram 18 prédios no entorno, 14 mil pessoas evacuadas em pouco mais de uma hora. Foi a maior operação de defesa civil no país”, destacou.

O engenheiro explicou como funcionam as técnicas para implodir vários tipos de construções. Segundo ele, é possível demolir tudo de forma controlada através de uma espoleta contendo determinada carga e retardadores que detonam a carga. Manoel falou sobre o trabalho realizado em conjunto com a defesa civil, que é determinar a distância segura, tentando não criar desconfiança e desconforto na população.

Segundo o palestrante, todo o procedimento que ocorre nessas obras é de acordo com a Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). É um sistema de certificação e orientação ambiental de edificações criado pelo U.S. Green Building Council. Este é o selo de maior reconhecimento internacional e determina o que pode ser reaproveitado ou não nas construções. “A decisão da utilização de porcentagem de reaproveitamento passa por questões financeiras e pela vocação da estrutura. Há um gerenciamento de resíduos sólidos dentro de todas as certificações”, explicou.  Sobre a reciclagem de resíduos sólidos, o palestrante citou algumas questões, como a importância de se retirar os resíduos para que áreas não se transformem em grandes galpões de lixo.

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