Clube de Engenharia retoma os campeonatos de xadrez

O Clube de Engenharia retomou, oficialmente, as atividades rotineiras de xadrez em sua sede quando, em 14 de junho, a sala de xadrez “Hilton Jesus Gadret”, no 19º andar do Clube, voltou a ser frequentada com a abertura do Campeonato Interno Aberto. O primeiro evento que marcou a volta do esporte ao Clube aconteceu em 17 de maio, com a presença  de Mequinho, maior jogador de xadrez da história brasileira, e Ricardo Teixeira, hexacampeão carioca, em uma partida simultânea, com 20 concorrentes.

O Campeonato se encerrou em 28 de junho, com diplomas e troféus para os participantes. André Kemper foi o vencedor do torneio. Jorge Chaves ficou em segundo lugar, seguido de Wallace Machado, na terceira posição. Jorge Pastusiak, Ricardo Abdalla e Plínio Di Giorgi ocuparam, respectivamente, o 4º, 5º e 6º lugares.

O Campeonato Interno é uma sequência de jogos realizados duas vezes por semana, por cerca de três semanas, que define no final a classificação dos jogadores. Trata-se de um torneio com as regras da Federação, que conta com a arbitragem oficial de Rafael Rafic Jerdy e Karina Abrahim.

Segundo a árbitra Karina Abrahim "As pessoas geralmente jogam, mas não conhecem as regras. É preciso ter o regulamento do torneio. Os jogadores precisam saber seus direitos, os critérios de desempate. Também é importante conferir a estrutura, a iluminação e manter a pontualidade". Karina elogiou a organização e a estrutura do Clube. "Aqui tem um engajamento. É importante esse apoio ao xadrez".

Histórias de sucesso
O Diretor Cultural Cesar Drucker comemorou o evento, lembrando que, no passado, o Clube teve grande destaque no meio enxadrístico. ”Tivemos campeonato brasileiro realizado no nosso prédio, o Clube teve equipe nacional, e na sala do 19º andar tinha fila para os seis tabuleiros. Agora, na gestão Pedro Celestino, propõe-se que o xadrez seja um instrumento esportivo, lúdico, social e profissional para o quadro de associados. Consideramos os interesses de algumas faixas de sócios, e para começar, a mais numerosa, a dos aposentados e idosos. É nessa fase da vida que processos que envolvem memória, linguagem e atenção precisam ser intensificados. É importante fazer uso de passatempos desafiadores, e o xadrez pode ser um bom aliado, principalmente quando é um hábito de anos. Está comprovado que o xadrez pode ser capaz de retardar alguns processos degenerativos naturais da idade. Poderemos aumentar as oportunidades de convívio dos sócios levando a atividade para mais próximo de suas residências, através de convênio com outras entidades”, afirmou.

Drucker registrou, ainda, que não podemos ignorar o desemprego que ocorre hoje e “para os sócios por ele atingidos, o Clube disponibiliza o 19º andar, onde poderão encontrar colegas, jogar e trocar informações”. Também os que estão no exercício profissional da engenharia, e jogam xadrez, certamente terão mais aguçadas a compreensão geral de situações, a análise da conjuntura, e a formulação de ações, tudo isso ajudando na atividade de gerenciamento de projetos. E para os próximos engenheiros, está sendo organizado um Campeonato Universitário pela Secretaria de Apoio ao Estudante de Engenharia do Clube.

Habilidades intelectuais
O sócio e enxadrista Richard Stephan entende que “o jogo de xadrez permite o desenvolvimento de uma vasta gama de habilidades intelectuais, tais como memorizar, planejar, organizar o raciocínio, tomar decisões sob pressão, perseverar em condições adversas, distribuir e controlar o tempo disponível, aprender com os próprios erros e reconhecê-los, além de desenvolver a imaginação. Qualidades essas todas importantes na vida profissional do engenheiro. No entanto, este jogo ainda é pouco difundido no Brasil, talvez por passar uma imagem sisuda e excêntrica em um país onde o sol, o mar, o samba e o futebol fornecem a moldura da alegria”.

Os sócios enxadristas que têm filhos pequenos podem pensar em procurar a Diretoria Cultural para incluir  também crianças e adolescentes na atividade de xadrez no Clube. Na Simultânea do dia 17 de maio, foi aceito com naturalidade um menino de 7 anos como um dos 20 desafiantes. Mequinho foi campeão brasileiro aos 13 anos. A Árbitra Karina Abrahim começou a jogar aos sete anos de idade, e hoje ensina o esporte no Tijuca Tênis Clube e dá aulas particulares, inclusive para crianças. “A prática de jogar xadrez pode tornar uma pessoa apta a ter maior desenvoltura e pensamento estratégico para tomar decisões. Dá ainda uma grande contribuição para a vida social em geral: adquire-se paciência e raciocínio para saber analisar passos a tomar e suas consequências, assim como assumir responsabilidade sobre suas ações. A dinâmica do jogo pode ajudar a desenvolver habilidade de antecipação quanto às ações de outros e aumento da velocidade de pensamento”, esclarece.

Em crianças e adolescentes, o xadrez pode ajudar a aprimorar a concentração e ao mesmo tempo ser um grande impulsionador da imaginação. Além disso, contribui para o desenvolvimento da memória. Na prática,o jogo estimula a atividade intelectual, a capacidade de cálculo, o raciocínio lógico e estabiliza a personalidade de crianças e jovens.

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