O fato de 2017 ter se caracterizado por grandes perdas na política, na economia e nos direitos sociais conquistados a duras penas pelo povo brasileiro ao longo das últimas 8 décadas, não deve ser registrado como simples constatação. O ano que se inicia nos reserva um papel dos mais relevantes: urge ampliar os debates e, com ações concretas, garantir a permanência da democracia e um futuro com soberania e desenvolvimento social inclusivo.

“Em defesa da democracia, o Clube de Engenharia não hesitou em unir, mais uma vez, sua voz à de outros setores da sociedade brasileira.”

Reconhecido como uma das vozes da resistência nacional, o Clube de Engenharia tem o orgulho de se posicionar entre os que não se calam. Orgulho que nos leva a enumerar, apesar de tantas perdas, algumas poucas, mas significativas vitórias.

Foram as críticas, protestos e manifestações públicas que fizeram o governo federal recuar após decretar o fim da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), na Amazônia. A repercussão negativa levou o Ministério de Minas e Energia a determinar a imediata paralisação de todos os procedimentos relativos a eventuais direitos minerários na área da Renca. Além de adiar ou encerrar a questão, o debate fez com que se entendesse melhor as consequências do incentivo desmedido à mineração, como desmatamento, erosão, assoreamento de rios, contaminação de solo e água, poluição, explosão demográfica, demanda por serviços e impactos nas comunidades locais.

O mesmo se deu em relação ao Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), operado pela Telebras juntamente com o Centro de Operações Espaciais da Força Aérea Brasileira. Sua privatização para grupos estrangeiros terminou por ser sustada após intensa campanha do Clube e de outras entidades. Por fim, a resistência, ainda em curso, para assegurar à indústria aqui instalada participação relevante nas encomendas do setor de óleo e gás, luta encabeçada pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (ABIMAQ), com o decidido apoio do Clube.

Fica claro que, sempre que a perplexidade e o silêncio dão lugar ao posicionamento firme das instituições, tanto em âmbito nacional como local, o resultado mínimo é um rico debate e, algumas vezes, o recuo na sanha do desmonte da nossa economia.

A tarefa é árdua e os tempos difíceis, mas não podemos nos eximir de continuar a atuar com firmeza no cenário nacional, tendo sempre como bandeiras a defesa dos interesses da nossa engenharia, da democracia e da soberania nacional. Assim continuaremos a agir no 2018 que se avizinha.

Feliz Ano Novo!

A Diretoria

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