Novas análises confirmam contaminação em poços de Barcarena

A Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) divulgou, no dia 17 de abril, que novas análises confirmaram que a água está imprópria para consumo humano em poços monitorados de Barcarena, onde no final de fevereiro ocorreram vazamentos de resíduos tóxicos da refinadora norueguesa Hydro Alunorte. Os resultados, apesar de preliminares, ratificam análises anteriores do Instituto Evandro Chagas, que já divulgou dois relatórios atestando contaminações por metais pesados na região após o incidente em fevereiro (leia mais aqui).

O órgão estadual informou que os resultados devem ser confirmados em novos estudos, mas apontaram contaminação microbiológica, normalmente associada ao despejo de esgoto, e toxicológica, ainda sem causa determinada. As amostras de água foram coletadas em poços de dez comunidades da região, e padrões anormais de alumínio foram encontrados em três delas (Itupanema, Vila Nova e Jardim Caboro).

Novo pacote emergencial

No dia 12, o Governo do Pará anunciou novo pacote de estudos, exames, avaliações e construção de indicadores para montar um diagnóstico "emergencial, aprofundado e detalhado", que servirá de base para a adoção de medidas em curto e médio prazo em Barcarena. Os custos do pacote deverão ser cobertos pela indenização de 150 milhões de reais que, no dia 9 de abril, a Justiça do Pará determinou, a partir de uma liminar, que deve ser paga pela Hydro Alunorte ao Governo do Estado.

As ações incluem proteção ambiental, com avaliação de segurança dos sistemas de operação da refinaria; desenvolvimento socioeconômico, com atenção à saúde da população e diagnóstico sobre ocupação, renda, atividades produtivas, infraestrutura local e existência de comunidades tradicionais; além de reforço de ações já em andamento, como distribuição de água potável e atendimento médico.

Desde fevereiro, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) já emitiu oito autuações à empresa, que no início de abril divulgou relatório que nega os danos ambientais constatados pelo Instituto Evandro Chagas. O órgão estadual está montando um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com exigências que deverão ser cumpridas pela Hydro Alunorte.

Com informações da Agência Pará

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