UFRJ sedia o primeiro E-Fest na América do Sul com participação do Clube de Engenharia

Cerimônia de abertura do evento. Foto: Thelma Vidales.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sediou, nos dias 27, 28 e 29 de julho, no campus Fundão, a primeira edição sul-americana do E-Fest, um dos principais programas da Sociedade Americana de Engenharia Mecânica (ASME). O projeto vem crescendo globalmente na perspectiva de promover educação em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, junto às instituições de ensino. As primeiras edições ocorreram em 2017, duas nos Estados Unidos e uma na Índia.

A cerimônia de abertura demonstrou a força do movimento reunindo, na manhã do dia 27 de julho, o prefeito da Cidade Universitária da UFRJ Paulo Mario Ripper; o decano do Centro de Tecnologia da UFRJ professor Walter Issamu Suemitsu; o representante da ASME e vice-presidente sênior para Estudantes e Recém-formados Paul Stevenson; o vice-diretor da Escola Politécnica professor Vinícius Cardoso; o diretor de Planejamento, Administração e Desenvolvimento Institucional da COPPE professor Erickson Rocha e Almendra; o diretor de atividades técnicas do Clube de Engenharia Fernando Tourinho; a chefe do Departamento de Engenharia Mecânica professora Lavínia Borges; o presidente da Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas (ABCM) professor Gherhardt Ribatskio; o gerente geral do CENPES Jorge Luis Kauer; o coordenador do E-Fest professor Fernando Castro Pinto; e o representante dos alunos da UFRJ Fernando Amaral Sarcinelli Garcia.

Diretor Técnico do Clube, Fernando Tourinho participou da cerimônia de abertura e falou sobre as necessidades e potenciais do Brasil em tecnologia. Foto: Thelma Vidales

Programação de palestras a competições

As programações dos E-Fests oferecem a centenas de estudantes de engenharia a oportunidade de colaborar e comemorar a emoção da tecnologia por meio de competições, palestras, exposições interativas, atividades sociais e de networking. Uma das competições foi o Human Powered Vehicle Challenge (HPVC), na qual os estudantes deviam projetar, fabricar e competir com veículos movidos à força humana. Já no desafio Old Guard (OG), o estudante se submete a um teste de apresentações em inglês sobre aspectos técnicos, ambientais ou econômicos de engenharia. E no “Mecaton: Desafio Petrobras de Engenharia”, os estudantes tiveram que desenvolver para a empresa uma solução de otimização da energia eólica no Brasil em três etapas: um texto; uma apresentação relâmpago de 5 minutos; e responder a perguntas de jurados.

As palestras disponíveis abrangiam diversos campos da engenharia, da indústria de óleo e gás à revolução digital. Alguns temas foram energia eólica offshore e iniciativas da Petrobras; revolução digital na Indústria 4.0; design de produtos tecnológicos; blockchain e o futuro da internet; liderança estudantil; e mercado de óleo e gás. Foram ofertados minicursos sobre importância na aquisição de dados na engenharia; simulação de dinâmica de fluidos com o método ANSYS e impressoras 3D, entre outros.

Grande parte dos palestrantes e responsáveis por minicursos eram brasileiros, representantes de empresas, como Eletronuclear, Petrobras e Radix, e universidades, como a Universidade Católica de Petrópolis e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Um exemplo é o minicurso “Blockchain e o futuro da Internet”, da advogada Natália Garcia, diretora jurídica na empresa Foxbit, focada em criptomoedas. Já Wenna Raissa, especialista em Dinâmica de Fluidos, utilizou o método ANSYS em um minicurso.

Feira de estágios e visitas guiadas a alguns laboratórios da Coppe, como o Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano), o Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica dos Fluidos (NIDF), o Laboratório de Máquinas Elétricas (LabMaq), e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, completaram o quadro.

União de forças

Promovido pela Escola Politécnica (Poli/UFRJ) e Coppe/UFRJ, o evento foi organizado por alunos de Engenharia Mecânica da Politécnica, sob a coordenação dos professores Daniel Castello, Fernando Castro Pinto e Thiago Ritto, da Coppe e da Poli. O E-Fest contou com o apoio do Clube de Engenharia, Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Petrobras e Tenaris.

A parceria entre a ASME e o Clube de Engenharia foi oficializada no dia anterior, 26 de julho, com a assinatura de um acordo de cooperação. Aconteceu durante o evento “Colaboração entre Indústria e Academia no Brasil”, que abordou os desafios e os potenciais de expansão da cooperação da academia no mercado e do mercado na academia. No evento, que consolidou as parcerias da ASME com o Clube e a ABCM, o presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino, comemorou junto ao diretor técnico Fernando Tourinho, o acordo e o debate realizados na ocasião. “Esse é o início de uma longa jornada no sentido de aproximarmos culturas tecnológicas. No lado brasileiro, que teve uma industrialização tardia, temos muito que aprender com a ASME, e agradecemos também à COPPE/UFRJ, nossa instituição acadêmica mais avançada, com mais de 40 anos de serviços prestados à nossa engenharia e tecnologia”.

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