
Foto: Antonio Scarpinetti/Jornal da Unicamp
"Diante do drama da pandemia, nem os mais renitentes defensores do equilíbrio fiscal ainda sustentam que o Estado não pode aprovar despesas sem fontes tributárias. Qualquer pessoa de bom senso concorda que o Estado deve gastar o que for necessário na saúde e na ajuda assistencial aos que estão sem emprego, sem renda e sem alternativas", diz o economista André Lara Resende, ex-diretor do Banco Central e ex-presidente do BNDES, em artigo publicado na Folha de S. Paulo em 16 de maio.
Doutor pelo MIT, Resende afirma que "com a arrecadação em queda, o momento não permite o aumento dos impostos, o que agravaria a dramática recessão que enfrentamos. As despesas emergenciais irão inevitavelmente aumentar o déficit das contas públicas. Só restam duas alternativas: a emissão de moeda e o aumento da dívida". A decisão de como financiar o déficit tem, no entanto, provocado controvérsia. Resende, que foi um dos formuladores do Plano Real, defende investimento produtivo do Estado e financiamento do Tesouro pelo Banco Central, e traça alternativas neste momento de grave crise econômica, social e política.
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