Indústria dos Games pode trazer impactos positivos para a geração de emprego, educação e gestão de pessoas

Participar de um game significa interagir com outras pessoas, buscar superar os obstáculos, aprender a lidar com as derrotas e se aprimorar para obter a vitória. Tudo isso pode ser vivenciado por puro divertimento, mas também são processos que podem ajudar o ser humano em seu desenvolvimento educacional e profissional. Para falar sobre a contribuição dessas ferramentas e do potencial desse setor que as produzem, o Clube de Engenharia promoveu o debate virtual “A indústria de games e seus impactos”, dentro do projeto “Encontros com Tecnologia”.  

Os convidados para falar sobre o tema foram o produtor Rafael Bastos, da Dumativa, e a doutora em aprendizagem digital e gamificação Fabiana Bigão, da Viddia – Educação Online. Além de explanarem sobre o potencial econômico dessa atividade, que envolve profissionais de diversas atividades, como engenheiros, designers, programadores, músicos e roteiristas, entre ouros, os palestrantes puderam também tirar dúvidas dos participantes, que se dividiram em dois grupos para trocar ideias. 


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Experiência no mercado nacional de games

Rafael Bastos contou como é trabalhar na indústria dos games e como sua empresa cresceu a ponto de reunir hoje cerca de 130 profissionais. Um dos seus principais sucessos é o jogo “Songs for a Hero” (A Lenda do Herói), produzido graças a um financiamento coletivo de cerca de R$ 300 mil. Ele conseguiu arrecadar  o valor recorde R$ 4,3 milhões para game o “Ordem Paranormal”, que está em fase de produção. Apesar do seu bom desempenho como empreendedor, Bastos contou que não concluiu o curso de Engenharia que iniciou na UFF. O produtor atribui grande parte de sua desistência e do afastamento de jovens do sistema educacional à metodologia ainda tradicional utilizada nos cursos. 

Segundo ele, os games poderiam ser utilizados para o aprendizado em todos os níveis para garantir maior atenção e participação dos alunos. Quando perguntado sobre o motivo de sua empresa se dedicar mais ao entretenimento do que à educação, ele explicou que outras demandas ainda vão demorar a ocorrer por causa da falta de conscientização da sociedade com relação aos benefícios dessas ferramentas digitais e da falta de políticas públicas de incentivo à indústria dos games no Brasil. 

“O videogame é uma coisa extremante importante. É uma mídia extremamente poderosa e abraça a tecnologia numa velocidade muito grande. A realidade virtual nasceu no videogame e hoje o Facebook mudou de nome por causa disso. Nossa relação com a tecnologia e com o aprendizado precisa ser revista porque ela afasta muita gente e eu fui uma das pessoas afastadas dela por causa disso”, contou Bastos.

Demandas na área da educação ainda vão demorar a ocorrer por causa da falta de conscientização da sociedade com relação aos benefícios dessas ferramentas digitais e da falta de políticas públicas de incentivo à indústria dos games no Brasil.

Ferramentas de gestão de pessoas

Fabiana Bigão explorou o processo de gamificação como um importante instrumento de engajamento nas empresas. Segundo elas, através desses desafios eletrônicos, pode-se alcançar o envolvimento das pessoas em termos cognitivos, emocionais e comportamentais. Com esses três fatores alinhados, o ambiente de trabalho ficaria mais produtivo, pois os integrantes conseguiriam lidar melhor com eventuais frustações e poderiam gerar mais emoções positivas, despertando tanto suas motivações intrínsecas quanto extrínsecas. 

Ela também comentou sobre a vantagem que a gamificação pode trazer para as empresas a partir do momento em que com tantas pessoas em home office, o engajamento pode ser prejudicado. Segundo ela, cabe a cada gestor avaliar que ferramenta usar para as diferentes situações. 

“A gamificação toma emprestado elementos de jogos e aplica em situações e contextos que não são jogos, com o objetivo de promover comportamentos, motivar, engajar. É uma sutileza porque o foco não está nos elementos, mas no que eles geram nas pessoas”, explicou a especialista. 

O episódio do Encontros com Tecnologia foi mediado pela conselheira do Clube Fátima Sobral Fernandes. Segundo ela, tratar “desse tema é um dever do desenvolvimento do conhecimento, que produz tantos efeitos e com tanto volume para a economia”.


O vídeo com o registro do último Encontro com Tecnologia estará no ar em breve. Até l´pa, confira nossa playlist com os eventos anteriores.

Fotos: Pixabay / ExplorerBob / 11333328 / josephredfield

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