Aniversário do militar português Ricardo Franco de Almeida Serra, em 03 de agosto, marca o Dia do Quadro de Engenheiros Militares

Parte da conquista da soberania nacional foi alcançada graças ao empenho de um engenheiro militar português que desbravou rincões do território brasileiro durante o período colonial. O coronel Ricardo Franco de Almeida Serra (1748-1809) teve papel fundamental na consolidação do espaço territorial do país, a partir de missões de demarcação, de reconhecimento e na realização de obras de grande envergadura para a época. Devido à sua importância para a Engenharia Militar, a cada 03 de agosto, data de seu nascimento, há homenagem a essa atividade.

O Dia do Quadro de Engenheiros Militares é uma oportunidade também de saudar a todos os oficiais do Exército, que empregam seus conhecimentos técnicos em prol da manutenção e aperfeiçoamento da infraestrutura da corporação e de outras iniciativas fundamentais para o desenvolvimento nacional. São brasileiros que ajudam a perpetuar os valores do Cel. Ricardo Franco e a dar continuidade à sua missão. 

O patrono do Quadro de Engenharia do Exército Brasileiro estudou Engenharia e Infantaria em Portugal e só chegou ao Brasil em 1780, para ocupar posto de capitão. Sua missão à frente da Terceira Partida de Demarcação de Limites era de pacificar disputas territoriais em áreas onde o povoamento tinha sido responsável pela expansão das fronteiras brasileiras. Ele foi exímio no trabalho de demarcações, levantamento de regiões fronteiriças, exploração de rios nas bacias do Amazonas e do Prata e no mapeamento das capitanias do Grão-Pará, de São José do Rio Negro (atual Amazonas) e de Mato Grosso.

Mas seu papel como engenheiro foi ainda mais preponderante na execução de construções militares fundamentais para a estruturação da Defesa Nacional. Estão no rol de obras que ajudou a erguer o Quartel dos Dragões de Vila Bela, no atual Estado do Mato Grosso; o Forte Coimbra, no Mato Grosso do Sul; e o Real Forte Príncipe da Beira, em Rondônia. Esta foi na época a maior edificação militar portuguesa construída fora da Europa.

Em sua biografia, destaca-se o a resistência a um ataque de tropas espanholas, ocorrido em 1801, quando comandava o Forte Coimbra. Sagrou-se vitorioso, mesmo enfrentando grupamento superior em termos de homens e armas. Contou a seu favor o desenho inovador e estratégico da construção, que aproveitava a topografia da região, às margens do Rio Paraguai. Coronel Ricardo Franco faleceu em 21 de janeiro de 1809, aos 61 anos de idade, ainda no comando do forte, vítima de doenças tropicais. 

Até hoje seu legado serve de inspiração para engenheiros militares, que ingressam através do Instituto Militar de Engenharia (IME). Atualmente, essa área de conhecimento está dividida em diversas especialidades, como cartografia, computação, comunicações, eletricidade, eletrônica, fortificação e construções, mecânica, materiais e química. 

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