Evento saúda Engenheiros Florestais e faz celebração aos Curupiras

Convidados falam sobre a importância da aplicação de conhecimentos técnicos e da educação ambiental para a preservação das áreas verdes

Em comemoração ao Dia do Engenheiro Florestal (12 de julho), o Clube de Engenharia realizou evento em parceria com diversas entidades para celebrar a data e discutir os rumos dessa área do conhecimento e a importância da preservação das florestas e seus saberes. Foi um encontro que serviu de oportunidade para se transmitir conhecimentos sobre essa importante atividade, como também para tratar da Celebração aos Curupiras, conhecidos como os protetores das florestas. 

O primeiro palestrante foi engenheiro florestal Beto Mesquita, presidente do Conselho do Movimento Trilha Transcarioca. Ele falou sobre o papel dos profissionais no trabalho de conservação e manejo de áreas de proteção. É uma função eminentemente técnica, mas que conta também com inspiração para a realização de projetos que visam ao bem da natureza e da sociedade, tanto por parte de engenheiros vinculados ao poder público quanto à inciativa privada e ao terceiro setor. 

Michelle Ribeiro, vice-presidente da APEFERJ (Associação Profissional dos Engenheiros Florestais do Rio de Janeiro), também ressaltou a amplitude de capacidades exigidas aos profissionais da área. Ela destacou a importância da profissão na preservação ambiental e na transição energética, fatores fundamentais para a sobrevivência da humanidade. Além de protetores das florestas, esses agentes também contribuem com o desenvolvimento de diversas atividades econômicas, principalmente na agricultura.

O evento contou com um segundo bloco de palestras, em que foi exposta a importância da proteção às áreas verdes, tanto próximas a ambientes urbanos quanto no meio rural, para os diversos fins. 

O guarda municipal do Rio de Janeiro Valdinei da Silva Carvalhosa, do Grupamento de Defesa Ambiental (GDA) da GMRJ, contou como é o trabalho desses agentes dentro das áreas de proteção ambiental, como parques. A corporação é responsável por ações de educação ambiental, mas também oferece orientação aos visitantes e atua proporcionando maior segurança a essas áreas. Estão preparados para realizar operações de regate e prestar os primeiros-socorros em caso de incidentes.

Sérgio Ricardo, presidente do Movimento Sócio-ambiental Baía Viva, falou sobre as dificuldades enfrentadas pelos ambientalistas na luta pela preservação não só dos ecossistemas, como também de comunidades tradicionais que tentam viver em harmonia com eles. Ele defendeu uma maior participação dos protetores das florestas na elaboração das políticas públicas e criticou a adoção de práticas não sustentáveis na agricultura.

O evento também contou com a participação do Coordenador da Pastoral da Ecologia Integral da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Ângelo Ignácio. Ele ressaltou a importância do engajamento social nas lutas preservacionistas. Os impactos trazidos pela degradação ambiental afetam a sociedade como um todo, mas sobretudo as comunidades mais carentes. Por isso, essa atenção já foi prevista na chamada Agenda 21, um dos documentos mais importantes da conferência Rio 92, da ONU. Segundo ele, a mobilização e o estímulo à corresponsabilidade social são tão fundamentais.

O último palestrante foi Carlos Antônio Pereira, mais conhecido como Palô, que é presidente da CoopBabilônia. Ele contou a história da entidade e sua luta pela preservação e o reflorestamento do Morro da Babilônia e outras áreas verdes do Leme e seu entorno, na Zona Sul carioca. O projeto também tem um caráter social muito forte e é responsável por ações de educação ambiental e pelo emprego de guias locais.

O chefe da Divisão Técnica de Recursos Naturais Renováveis (DRNR) do Clube de Engenharia, Ibá dos Santos Silva, saudou os palestrantes e defendeu uma maior articulação entre as esferas do poder público e a sociedade civil em torno da preservação ambiental. “Precisamos ter consciência do perigo das coisas. É preciso monitorar movimento de solo e todas as questões necessárias para nossa qualidade de vida. Não podemos mais ser surpreendidos com deslizamentos de terra ou de pedras ou com mortes de pessoas”, defendeu Ibá.

O evento contou o apoio do CREA-RJ, AEARJ, SEAERJ-CCSEAERJ, APEFERJ, Pastoral da Ecologia Integral da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Movimento Sócio-Ambiental Baía Viva, Movimento Poesia Simplesmente, AMAVE, ASSACLA e do Parque Estadual da Chacrinha. Além da DRNR, as Divisões Técnicas de Geotecnia (DGT) e de Geologia e Mineração (DGM) também apoiaram a realização do debate.

Para assistir ao evento, basta clicar no link: https://portalclubedeengenharia.org.br/2022/08/04/clube-de-engenharia-celebra-dia-do-engenheiro-florestal-e-dia-dos-curupira/

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