Nos dias 07 e 08 de fevereiro o jornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo de Televisão, exibiu reportagens especiais sobre a morte do engenheiro Mário Bittencourt e do geólogo Mário Guedes em julho de 2010, enquanto trabalhavam no Peru. Eles teriam sido assassinados enquanto faziam inspeção em um local previsto para a instalação da barragem Vera Cruz no rio Marañon, na região de Jaén, a 800 Km de Lima. Após seis meses de investigações, foram anexados ao processo o rastreamento dos telefones celulares dos brasileiros. Ligações foram feitas após as mortes: duas para os engenheiros peruanos que teriam se perdido dos brasileiros e uma para um dos suspeitos dos assassinatos.
Escoltados pela polícia, a equipe da Rede Globo foi até o pequeno município onde corre o inquérito que apura a morte dos brasileiros e ao local onde aconteceram os crimes. Segundo apuração, o local onde os brasileiros trabalhavam era um dos mais perigosos do Peru, onde é comum a reação violenta a obras. Os brasileiros não foram avisados do perigo. Como há fortes indícios de assassinato, o embaixador do Brasil no Peru, Carlos Alfredo Teixeira, destacou a importância de que melhores condições de trabalho sejam oferecidas aos muitos brasileiros que trabalham no país.
Em novembro de 2010, o Clube de Engenharia foi um dos signatários de documento enviado à Presidenta da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Dinah Shelton, pedindo o envolvimento da entidade na investigação do suposto assassinato de Bittencourt e Guedes. Na ocasião, representando o setor de barragens no Brasil, além do Clube, assinaram o documento o Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB), a Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental (ABGE), a Associação Brasileira de Mecânica dos Solos (ABMS) e o Instituo Brasileiro de Concreto (IBRACON).