Foto: Clube de Engenharia/Acervo
O Engenheiro Civil e ex-presidente do Clube de Engenharia, Hildebrando de Araujo Góes Filho, nos deixou na última segunda-feira, 13 de setembro.
Formado pela Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1962, especialista em Engenharia Hidráulica e Barragens, Hildebrando foi por muitos anos professor no curso de Engenharia Civil daquela Escola.
Além da vida acadêmica, Hildebrando foi engenheiro da Companhia Brasileira de Dragagem, onde chegou a ser diretor, e da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD, onde, dentre as diversas funções que exerceu, destacou-se a coordenação do projeto e da construção do porto de Itaqui, na Superintendência de Carajás. Aqui no Estado, presidiu a CEDAE por ocasião das obras de ampliação do sistema Guandu, das obras de construção da adutora da Baixada Fluminense e das obras do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara.
Amante das artes, em especial da música, sua personalidade adorável e seu amplo conhecimento deixarão um vácuo em nossa entidade, que contou durante muitos anos com as brilhantes contribuições deste profissional e cidadão de conduta impecável.
Seu pai, Hildebrando de Araújo Góes, também engenheiro civil foi prefeito do então Distrito Federal entre 1946 e 1947, além de Deputado Federal pela Bahia de 1955 a 1963. Foi naquele ambiente de discussões sobre o desenvolvimento do país que cresceu o nosso Hildebrando, presidente do Clube de Engenharia entre 1988 e 1991 e Conselheiro Vitalício da entidade.
Recentemente, durante as comemorações pelos 140 anos do nosso Clube, Hildebrando nos brindou com sua presença virtual – pois já estávamos em pandemia – e falou sobre a satisfação de comemorar mais um ano de existência e história do Clube de Engenharia, citando nomes históricos para a Engenharia do Brasil. Hildebrando destacou, entre outros notáveis, a importância de Paulo de Frontin para o Clube de Engenharia. Hoje, o Clube não poderia deixar de enfatizar a importância de Hildebrando para nossa entidade e para o país.
Nossa eterna gratidão a ele, que fez do Clube de Engenharia uma extensão de sua casa e lutou sempre pela nossa engenharia, pela democracia e pela soberania.