Rio Innovation Week reúne empreendedores e promove imersão em inovação e tecnologia

Evento realizado no Jockey Club Brasileiro, na Gávea, proporcionou conexão entre especialistas, mentores, investidores e representantes de startups durante quatro dias

A realização do Rio Innovation Week, entre os dias 13 e 16 de janeiro, ajudou a consolidar a posição do Rio de Janeiro como um dos principais hubs de inovação e tecnologia do país. O evento reuniu 200 expositores no Jockey Clube Brasileiro, na Gávea, e possibilitou aos participantes uma imersão no conhecimento sobre novas tecnologias e tendências de mercado. Além de assistirem a palestras que totalizaram 760 horas nos diversos palcos montados, quem compareceu ao lugar desfrutou de uma oportunidade única de estabelecer contatos e iniciar parcerias. No balanço dos organizadores, houve potencial para a geração de negócios de R$ 300 milhões.

Entre os palestrantes, estava o diretor do Departamento de Empreendedorismo Inovador do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pinto. Em conversa com o Portal do Clube, ele afirmou que o Rio já possui um forte potencial para atrair investimentos, sobretudo estrangeiros, em negócios inovadores em virtude de suas características. O MCTI esteve presente também com diversos estandes e apresentou uma esponja feita a base de grafeno, que absorve óleo e outros poluentes da água, que pode ser até utilizada na despoluição da Baía de Guanabara.

“O Rio tem um ecossistema muito propício e favorável à inovação. É um centro urbano muito populoso, com intensa troca de experiências. Há na região importantes centros de pesquisa, como por exemplo o CBPF, vinculado ao Ministério. Por ser conhecida internacionalmente, a cidade tem também potencial para atrair investimentos estrangeiros”, avaliou o representante do MCTI, que se reuniu durante o evento com o presidente do Clube de Engenharia, Márcio Girão.

Startups: da pré-aceleração ao financiamento

Segundo ele, o governo federal tem apoiado as startups através de programas que abrangem diversos ministérios, que vão desde a pré-aceleração ao financiamento. Ele citou o Portal Startup Point como um importante meio de divulgação dessas ações e elogiou a realização da RIW como plataforma de contato presencial entre empreendedores.

No pavilhão que reuniu essas startups, o burburinho foi grande, devido às conversas entre os representantes delas. Entre eles, estava Felipe Mendes, diretor comercial da T&D Sustentável de Macaé, que desenvolveu tecnologia para a redução do consumo de água.

“O evento está gerando muita conexão, por conta da importância da sustentabilidade atualmente. Fizemos contatos importantes com outras empresas de áreas parecidas como energia e controle de resíduos e também com potenciais investidores. Valeu muito a pena”, conta o empreendedor.

O RIW proporcionou também a oportunidade para empreendedores receberem mentoria para seus negócios. A Associação Brasileira dos Mentores de Negócios (ABMEN) esteve presente através de parceria com o Sebrae e a aceleradora Sai do Papel.

“Oferecemos mentorias online e presenciais, reunindo 60 mentores. O Rio Innovation Week já começou muito bem e com certeza a próxima edição será muito melhor. Pudemos aqui colocar em prática uma mentoria que procura entender o empreendedor e não busca meramente dar pitacos no negócio dele”, afirmou presidente da ABMEN, André Chaves.

Inovação em diferentes setores

Além de tecnologia, a RIW mostrou como a inovação está presente nas artes, design, games, entretenimento e diversas outras atividades. O espaço foi favorável à apresentação de projeções artísticas, como “Órbita Poética”, de Xico Chaves, as peças feitas a partir de sucata do projeto amazonense Sucatrônica.

“Faço um trabalho de coleta de lixo eletrônico doméstico e levo para a escola, onde ensino robótica. Começou com o sétimo e oitavo e ano e agora está no Ensino Médio porque o pessoal não quis parar”, conta o responsável, Denizal Melo.

A inovação a partir de material usado também foi a tônica do estande do Sesc Rio Arte, Ciência e Tecnologia – Instalações Gambiarra. No espaço, os visitantes puderam aprender inclusive a confeccionar objetos a partir de materiais descartados.

“A ideia é trazer a gambiarra para o centro das atenções, através da Gambiologia, a ciência da gambiarra. Isso vem sendo desenvolvendo há anos com trabalho de oficinas, instalações, cursos que ensinam a reaproveitar materiais. Um exemplo é a impressora em 3D de baixíssimo custo”, conta a analista de Educação, Joyce Brandão.

Para a conselheira vitalícia do Clube de Engenharia Fátima Sobral Fernandes, a RIW reuniu experiências promissoras tanto do setor privado quanto público e serviu para a troca de conhecimento e início de parcerias.

“Foi um evento muito importante para o Rio desenvolver ainda mais sua transformação digital e para o Clube de Engenharia foi uma excelente oportunidade para estabelecer conexões com potenciais parceiros para projetos. Somos uma instituição com enorme tradição e experiência, mas também estamos contribuindo para as questões da atualidade”, ressaltou a conselheira, que apontou também oportunidades de melhoria na infraestrutura do evento para suas próximas edições.

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