Energia nuclear pode ser importante alavanca para a economia fluminense

DRHS promove palestra com Leonam dos Santos Guimarães, ex-presidente da Eletronuclear, para mostrar a importância do setor para o Rio de Janeiro

Há 54 usinas nucleares em construção no mundo e uma delas fica bem do Estado do Rio de Janeiro. Angra 3 tem previsão para início de operação em 2027, quando deve começar a gerar 12 milhões de megawatts-hora de energia. O impacto para o Brasil pode nem ser tão forte, mas no território fluminense esse investimento tem um peso considerável, segundo o ex-presidente da Eletronuclear Leonam dos Santos Guimarães, que deu uma palestra no Clube de Engenharia, a convite da Divisão Técnica de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS).

O evento intitulado “Sustentabilidade da Energia Nuclear no Estado do Rio de Janeiro” mostrou não só o potencial de esse projeto tem para alavancar a economia fluminense, como outras iniciativas ligadas à energia nuclear que colocam essa unidade da federação em situação privilegiada. Para se ter uma ideia, atualmente a produção de energia nuclear responde por 40% do consumo do estado, mas a previsão é de que atinja 67% quando a usina de Angra 3 entrar em operação comercial.

Mas a participação dessa atividade na economia fluminense não se restringe a esse retorno. Um outro vetor importante é o programa PROSUB, da Marinha, responsável pela construção do primeiro submarino a propulsão nuclear do Brasil.

No estado também fica a sede das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), que realiza a exploração e o enriquecimento do urânio. Também vinculada a essa cadeia está a Nuclep, em Itaguaí, na Região Metropolitana, que produz bens de capital para as usinas e fornece componentes pesados para outras indústrias.

A aposta na energia nuclear teria, portanto, enormes vantagens econômicas para o estado, mas também traria ganhos ambientais. A produção de energia a partir da fissão do átomo evita a geração de CO2 para a atmosfera, o que contribui para amenizar o chamado efeito estufa e as mudanças climáticas. Um panorama mundial do setor nuclear também foi apresentado durante a apresentação.

A palestra pode ser vista no vídeo:

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