Com diretoria renovada Clube de Engenharia caminha unido

"Grande é a responsabilidade, uma vez que a diretoria eleita teve 90% dos votos válidos, o que mostra uma aceitação expressiva dos eleitores em relação às propostas que a chapa Engenharia e Desenvolvimento apresentou. O desafio é fazer com que essas propostas cheguem ao conjunto do corpo social do Clube de Engenharia. É necessário, indispensável, aumentar a participação dos associados para que os assuntos do Clube possam repercutir na sociedade com maior intensidade. Esse é o desafio que a diretoria e o terço do Conselho Diretor têm a desempenhar nos próximos meses: fazer com que os associados se convençam de que esta casa pode servir de instrumento para o prestigio crescente da engenharia na sociedade brasileira", afirmou Pedro Celestino, presidente eleito em um processo eleitoral que chegou ao fim nesta sexta-feira (28) e que ficará marcado na história do Clube de Engenharia. 

Em clima de esperanças renovadas está eleita uma diretoria que tem como marca a pluralidade de ideias e a vontade de construir os caminhos para um Brasil soberano, resultado do trabalho conjunto das diversas correntes de pensamento do Clube de Engenharia. À frente da instituição centenária estarão, a partir do dia 14 de setembro, data da posse, além do presidente Pedro Celestino, Sebastião Soares e Márcio Fortes (1º e 2º vice-presidentes) e os diretores Artur Obino, Bernardo Griner, Carmen Lúcia Petraglia, Cesar Drucker, Carlos Antonio Rodrigues Ferreira, Fernando Tourinho, Luiz Oswaldo Norris Aranha, Leon Zonenschain, Marcio Patusco Lana Lobo e Maria Glícia da Nóbrega Coutinho.Também é plural o terço do Conselho Diretor que assume seu espaço na esfera máxima do Clube para o triênio 2015 – 2018. A Conselheira mais votada de 2015, que falará em nome dos colegas recém-eleitos na cerimônia da posse foi Katia Maria Farah Arruda, com 288 votos. A Chapa Engenharia elegeu, além de Katia, Fátima Sobral Fernandes, Fernando Leite Siqueira, José Luiz Alquéres, José Stelberto Porto Soares, Luiz Antônio (Gato) Martins, Mário Borges, Luiz Fernando Teixeira de Souza, Paulo Poggi, Nelson Duplat Pinheiro da Silva, Reynaldo Barros, Ricardo Maranhão. A Chapa Desenvolvimento elegeu Ana Lucia Moraes Miranda, Elvio Gaspar, James Bolivar Luna de Azevedo, Jorge Paes Rios, José Schipper, Luiz Alfredo Salomão, Luiz Carneiro de Oliveira, Luiz Edmundo Horta Barbosa da Costa Leite, Márcio Girão, Margarida Lima, Othon Luiz Pinheiro da Silva e Nelson Portugal. Uiara Martins, candidata única da chapa Democracia Já também foi eleita.

O Conselho Fiscal para o próximo triênio é composto por Ayrton Xerez, Marco Latgé, Eliane H. Camardella Schiavo, Francisco de Assis Silva Barreto, Denise Baptista Alves e Mauro Orofino Campos. Todas as chapas concorrentes às DTEs foram eleitas.  

Processo com muitas conquistas

Candidato à primeira vice-presidência pela chapa Engenharia e Desenvolvimento, Sebastião Soares avaliou as particularidades do processo eleitoral: "é um momento marcante na história do Clube, que em sua existência centenária teve disputas eleitorais muito acirradas nos últimos 50 anos, o que é um sintoma de democracia. Hoje, os diversos e plurais pensamentos se uniram em uma única chapa, e isso tem dois significados. O primeiro é a demonstração de um momento importante de inflexão do Clube. Somos uma chapa única de um sistema democrático e plural. O segundo significado é a extensão percebida pelos engenheiros da atual situação nacional, de ataques à Petrobras e Eletrobrás, e às empresas de engenharia brasileiras, repositórios do conhecimento e tecnologia produzidos no Brasil durante décadas, patrimônio indispensável para o desenvolvimento do país nos próximos 50 anos. Engenharia e conhecimento precisam ser protegidos. Foi com esta responsabilidade que nos reunimos". 
 
Coordenador da campanha da chapa de coalizão Engenharia e Desenvolvimento, Cesar Duarte, em um contexto bastante positivo do processo eleitoral, destacou a repercussão do encontro de lideranças nacionais “Pela Engenharia, a Favor do Brasil”, que reuniu mais de cem entidades "de Roraima ao Rio Grande do Sul", no último dia 17, na sede do Clube de Engenharia. Cesar é categórico ao afirmar: "se quisermos ter legitimidade na representação da engenharia na sociedade temos que nos manter unidos. Esta unidade deve ser levada com carinho e cuidado para alcançarmos nossos objetivos". 
 
Sobre a atual situação nacional, Cesar Duarte avalia que "o país está estancado por pressões externas. Somos um país rico em recursos, população e tecnologia, o que incomoda grandes potências. Antes, a construção pesada empregava um milhão de pessoas. Entre 15% e 18% dos investimentos do país envolvem a Petrobras. Os estaleiros estão parados. Por isso, seis ex-presidentes e o atual presidente do Clube, Francis Bogossian, chegaram a um consenso. Deixamos de lado disputas internas e nos unimos em torno da figura do Pedro Celestino em uma chapa única".
 
Expectativas e desafios 

Os ex-presidentes Raymundo de Oliveira e Fernando Uchôa, membros do Conselho de Ex-Presidentes, grupo fundamental para a coalizão, destacaram o significativo avanço que representa a união de forças e os desafios que o Clube de Engenharia terá de enfrentar nos próximos anos. Segundo o ex-presidente Fernando Uchôa, embora o Conselho Diretor tenha ajudado na facilitação do projeto, a união não nasceu de uma decisão de poucos. “O processo foi amplamente discutido no âmbito das chapas. Isso é muito importante porque foi fruto de ampla costura e não uma decisão de cima para baixo. Foi um processo que nasceu por vivermos momento de excepcionalidade onde principalmente a engenharia está sendo frontalmente atingida”.
 
Raymundo de Oliveira apontou para o grande desafio a ser enfrentado pelo Clube na superação das crises e no fortalecimento da Petrobras. “No momento em que divulgam escândalos relacionados à Petrobras ela está batendo recorde de produção. São dois milhões de barris produzidos de maneira tradicional e 750 mil barris no Pré-sal. A grande imprensa não diz isso, mas a Petrobras está em seu apogeu. Justamente por isso é mais atacada pelos inimigos dos interesses brasileiros. No Clube, as diferenças sempre foram em questões menores. Apesar de divergências e depois de muita discussão, tudo foi superado. Chegamos a um Conselho com excelentes nomes e um presidente com postura, posicionamento claro, um quadro político tradicional. É o que o Brasil precisa nessa hora de dificuldade”, concluiu o ex-presidente.
 
Grande articulador do estratégico e vitorioso projeto de construção da união, a responsabilidade das palavras finais, no momento em que são divulgados os resultados, são do presidente Francis Bogossian: " O processo eleitoral resultou em um trabalho que iniciei e que se consolidou com o apoio dos ex-presidentes. Cada chapa elegeu três representantes e juntamente com o candidato à presidente formaram a chapa única. Na união pagamos o  preço: era impossível eleger todos os que estavam com o mandato vencido. Mas é importante registrar que 98% dos sócios do Clube entenderam e deram valor ao nosso esforço. Pouquíssimos não compreenderam a união que nasceu desse esforço democrático".
Clique aqui para baixar os resultados das eleições para o Conselho Diretor.  

 

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