Aviação regional é hoje foco principal da Infraero

No planejamento estratégico da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) , a aviação doméstica tem um significado muito relevante. O objetivo é que, em um futuro não muito longínquo, possam existir aeroportos distantes um do outro em 100 quilômetros. Visando à construção dos aeroportos necessários, a empresa inicia estudos com base em custo-benefício, obedecendo a critérios técnicos e de vetores de desenvolvimento. A interiorização e a integração regional são os principais focos hoje da empresa, afirmou Ricardo Alexandre Gois Ferreira, assessor da Diretoria de Engenharia e Meio Ambiente da Infraero, no Clube de Engenharia, em 14 de setembro. Com 12 anos de experiência na empresa, o palestrante apresentou o contexto da aviação no Brasil, os trabalhos de modernização dos aeroportos, as razões do foco na aviação regional, além do plano de investimentos da área.

Integração nacional
Segundo Ferreira, a região brasileira com mais movimentação aérea de passageiros ainda é o Sudeste, seguido de Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte. Não é por outra razão que o foco da Infraero na aviação regional visa justamente a promover a integração dos aeroportos da Amazônia com o restante do país. A empresa trabalha, desde 2012, com o Programa de Aviação para Desenvolvimento Regional, voltado para 270 aeroportos. Os lotes do programa de investimento priorizaram as regiões Norte (67 aeroportos), Centro-Sul (59), Nordeste (54) e Centro-Sudeste (49). "O Brasil tem potencial de crescimento e a distribuição vai acontecer na aviação regional", afirmou Ricardo Ferreira.

Modernização em atendimento e eficiência
Diversos aspectos da modernização realizada nos terminais mal podem ser notados pelos usuários. Um deles é a acessibilidade. A Infraero realiza a adaptação dos terminais para cadeirantes e capacitou aproximadamente 15 mil trabalhadores em cursos de atendimento a pessoas com necessidade de assistência especial e quase 3 mil na língua brasileira de sinais (libras). Também implantou sistema de tradução automática de mensagens para libras em 52 aeroportos e desenvolve uma nova rampa para embarque e desembarque das aeronaves, chamada AVIRAMP, para cadeirantes. A empresa desenvolve programas ambientais e faz o gerenciamento de recursos energéticos. Ricardo Ferreira informou, ainda, que a Infraero vem implantando luzes LED nas sinalizações das pistas, em prol da eficiência energética, além de estudar o uso de energia solar fotovoltaica nos aeroportos.

Engenharia aeroportuária
A Infraero é a segunda maior operadora mundial em quantidade de aeroportos. Opera 60 aeroportos públicos do país, nos quais realiza, entre outros trabalhos, obras, fiscalização, elaboração de projetos, equipamentos e consultoria. Questionado sobre o trabalho cotidiano do engenheiro aeroportuário, Ferreira, que é engenheiro civil, contou um pouco de sua trajetória: "Desde o primeiro dia de emprego eu não parei um dia de fazer planejamento, projeto, obra, orçamento, perícias e avaliações. Mas o que fazemos está atrás do tapume, não está visível ao passageiro e à comunidade”.

Confira a palestra na íntegra aqui.

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