O transporte de fluidos é uma atividade que, embora se faça presente discretamente nas residências e estabelecimentos, envolve logística e muitos estudos. O planejamento das obras exige estar atento para a rota, a perfuração de solo e rocha, velocidade do transporte, possibilidade de corrosão, bombas de carga, etc. Esse foi o tema da palestra A garantia da qualidade e integridade em transporte de fluidos por tubulação, de Dileni Almeida Sampaio, gerente de engenharia da Brass Brasil, em 08 de novembro, no Clube de Engenharia.

Ações para evitar acidentes
Todo o processo de estudos anterior à obra é importante para que nada dê errado, uma vez que as falhas podem se tornar tragédias. A intervenção deve ser planejada, com base em modelo matemático, no qual se identifica dimensões como pressões em regime permanente ou transitório e pressões estáticas. "Não vamos esperar que ocorra a catástrofe para fazer intervenção", defendeu Dileni. Para isso, é fundamental o diálogo entre equipe de planejamento e de execução: "Tem que mudar a cultura. Quando acaba a parte da engenharia e passa para implantação, a implantação sem conversar com a engenharia passa para a operação. Se não funciona, de quem é a culpa? Essa é a falha".

O momento anterior à implantação envolve diversas análises e treinamentos. A análise de transiente, por exemplo, deixa clara a velocidade de fechamento de válvulas em caso de paradas do sistema por queda de energia. A análise de construtibilidade avalia se o projeto garante que os equipamentos vão funcionar bem. É preciso também saber qual é a bomba a ser utilizada, quem se responsabiliza por acompanhar os testes. "Quanto vale um teste na hora adequada perto de uma parada da produção da empresa?", questionou, mostrando a relevância da precaução e das medições.

Após a entrega da obra pronta acontece o comissionamento, quando testa-se o transporte apenas com água, todos os equipamentos, leitores de pressão e de vazão, comparando com modelos matemáticos. Por último, há a operação assistida, junto aos operadores da planta, avaliando diminuição de risco e de perda de capacidade operacional e, finalmente, o alcance dos efeitos desejados.

O evento foi uma realização da Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) e da Divisão Técnica Especializada de Construção (DCO).

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