Informe 14/12 - Os muitos erros e os poucos acertos da privatização do gás natural no Brasil

Os muitos erros e os poucos
acertos da privatização do gás natural no Brasil

“O governo precisa cobrar das concessionárias do serviço público a ampliação da sua rede de atendimento, para levar o gás canalizado a todos os municípios do Rio de Janeiro. Não foram criados mecanismos que obrigassem as concessionárias a realizar investimentos e expansão da rede. Com isso, elas se concentraram no filé mignon, apostando principalmente nos grandes clientes. Isso exige um grau de investimento baixo e, em contrapartida, uma alta taxa de lucro”, afirma o secretário da Divisão Técnica de Energia do Clube de Engenharia, Antônio Gerson Ferreira de Carvalho, autor do livro recém-lançado Gás Natural no Brasil, uma História de Muitos Erros e Poucos Acertos.

Sem cobranças ou mesmo fiscalização dos serviços, as concessionárias sequer ampliaram a rede de gasodutos. Hoje, são poucos os municípios que passaram a receber gás natural após a privatização do setor em 1997 (já eram atendidos Rio de Janeiro, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Queimados, Belford Roxo, Duque de Caxias, Magé, São Gonçalo, Volta Redonda, Barra Mansa e Resende). No caso das três últimas cidades, a Petrobras repassou para as concessionárias os gasodutos e os fornecimentos que fazia diretamente para grandes empresas do cinturão industrial do Rio de Janeiro.
 
Gerson conta no livro – publicação do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) – que no dia seguinte à privatização, os dirigentes do grupo controlador das concessionárias prometeram dobrar o número de consumidores de gás canalizado. Prometeram, ainda, renovar e ampliar a rede de gasodutos do Rio de Janeiro. Davam para isso um prazo entre oito e dez anos. Porém, balanço feito no fim de 2015 aponta que mais de 18 anos depois da privatização só ampliaram de pouco mais de 558 mil para 930 mil os consumidores de gás canalizado em todo o estado.

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