União em apoio à UERJ e às universidades públicas e gratuitas

Ao receber no tradicional almoço mensal do Clube de Engenharia a direção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino, lamentou o fato de não poder saudá-la com alegria, como seria natural “em condições normais”. “Em face da crise que vive a cidade, o estado, o país, e a universidade, esta cerimônia é de resistência, porque a UERJ  simboliza o compromisso democrático com a educação pública e gratuita para todos”.

Pedro Celestino resgatou dados históricos da UERJ, que nasceu Universidade do Distrito Federal, com sede no estado do Rio de Janeiro, em 1950, criada pelo presidente Getúlio Vargas. “Uma universidade jovem, com notável folha de serviços prestados à comunidade, que tem mais de 2.600 professores, milhares de técnicos, 42 mil alunos. Uma universidade que cumpre papel essencial de formar a juventude, de dar rumo a essa juventude e qualificação profissional para que tenham ascensão social. Tudo isso hoje está em risco”, destacou. 

Conclamando a sociedade a se mobilizar em torno da UERJ, “orgulho da sociedade fluminense”, Pedro Celestino leu o documento Moção de apoio à UERJ e às universidades públicas e gratuitas, discutido e aprovado por unanimidade, em 24 de abril, na 1542ª sessão ordinária do Conselho Diretor do Clube de Engenharia, com os seguintes posicionamentos:

(a) a defesa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ora ameaçada de desmonte. É entidade de excelência no campo da pesquisa e do ensino superior, em nível de graduação e pós-graduação, nas áreas das ciências sociais, biológicas e exatas. (b) a manutenção do ensino superior, de graduação e de pós-graduação, em universidades públicas e gratuitas, com relação aos cursos stricto sensu.

Decidiu outrossim, dar continuidade aos estudos e avaliações realizadas pelo Clube de Engenharia visando à melhoria qualitativa dos cursos de engenharia, dos cursos técnicos profissionais e da própria educação básica. Neste último caso buscando, simultaneamente, a formação de jovens capacitados a prosseguir sua formação profissional e cidadã. Dessa forma, o Brasil terá condições de realizar o seu desenvolvimento soberano, sustentável e socialmente inclusivo, de preservar a Democracia e fortalecer o Estado Democrático de Direito.

Consciência do papel social
Ao receber a placa que homenageou a UERJ, o reitor Ruy Garcia Marques foi contundente ao descrever o momento que vive a universidade e a luta diária de resistência enfrentada por alunos, professores, funcionários e a sociedade brasileira. “A UERJ está vivenciando a pior crise de toda a sua história ao longo dos seus  66 anos”, afirmou ao dar início a um detalhado relato da dramática rotina de todos os que testemunham o desmonte em curso.

“Muito se tem falado sobre a UERJ nos últimos tempos. Temos tido apoios de pessoas e de instituições, dentro e fora de nosso país. Mas sofremos com críticas que se limitam a ver a Universidade como algo muito custoso, apontando inclusive para o crescimento orçamentário sem uma análise mais profunda. A UERJ cresceu. (...) Cresceu sim nos últimos dez anos com o cuidado devido e consciente do seu papel na sociedade do estado do Rio de Janeiro. Temos atuação desde o ensino básico, com o Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira, o nosso CAP-UERJ, até a pós-graduação. Ressalte-se que o CAP é tido como a melhor escola de ensino básico do nosso estado”.

“Considerando os últimos dez anos, desde 2007, implantamos mais 13 novos cursos de graduação e passamos de 41 para 61 programas de pós-graduação. E não crescemos somente na quantidade. Em 2007 na avaliação trienal que a CAPES realiza nos programas de pós-graduação em todo o país não tínhamos qualquer avaliação com conceito sete, o mais elevado. Em 2010 passamos a ter um programa com conceito sete, programa de pós-graduação em educação. Em 2103 passamos a ter três programas com esse conceito mais elevado, o mesmo programa em educação e mais o programa de medicina social e de fisiopatologia clínica experimental. Em todos os rankings internacionais que também avaliam as universidades brasileiras estamos sempre entre as dez melhores do país. No ranking denominado Fast Globe University, em 2016, somos a quinta universidade brasileira e a 11ª em toda a América Latina. E não para por aí: somos a oitava universidade brasileira na inserção de nossos graduados no mercado de trabalho”, registrou o reitor da UERJ entre muitas outras vitórias que orgulhosamente contabiliza.

Solidariedade e mobilização
E muito mais foi dito em relação à importância da UERJ para um público emocionado, solidário, atento e unido em defesa da universidade pública. A mesa do almoço foi composta por Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia; Sebastião Soares, primeiro vice-presidente do Clube; Ruy Garcia Marques, reitor da UERJ, Maria Georgina Muniz Washington, vice-reitora da UERJ; Jorge Duarte Pires Valerio, Diretor da Faculdade de Engenharia da UERJ; Edmar José Alves dos Santos, Diretor Geral do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE); Jorge Luiz do Amaral, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro; e os ex-presidentes do Clube de Engenharia Agostinho Guerreiro, Raymundo de Oliveira e Francis Bogossian, recém-eleito presidente da Academia Nacional de Engenharia (ANE).

Além dos representantes da UERJ já citados compareceram ao almoço outros membros da administração: Roberto Dória, chefe de gabinete; Tania Maria de Castro Carvalho Netto, sub-reitora de Graduação; Egberto Gaspar de Moura, sub-reitor de Pós-graduação e Pesquisa; Priscila Domingues, assessora de comunicação; Gustavo Castro, Diretor de Informática; Luis Antônio Campinho Pereira da Mota, Diretor do Centro de Tecnologias e Ciências (CTC); Domenico Mandarino, diretor do Centro de Ciências Sociais; e Thiago Fernandes Pacheco, assessor do reitor, além do engenheiro Ruy Garcia Marques Junior, filho do reitor.

Estiveram presentes, ainda, Mariana Mello, presidente do Centro Acadêmico dos Engenheiros da UERJ (Caeng), Gabriel Torres, tesoureiro do Caeng, e Rodrigo Nogueira, secretário-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), e o engenheiro Ronald Ázaro, ex-secretário de Turismo do Estado do Rio de Janeiro.

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