O Clube de Engenharia e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) têm defendido, já há alguns anos, um planejamento prévio das necessidades de projetos estruturais. Dessa forma, seria possível uma antevisão dos recursos exigidos para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, considerando inclusive que a etapa do projeto nos investimentos, geralmente, não ultrapassa 5% do custo total.
Assim sendo, julgamos fundamental a permanente avaliação das necessidades de novos projetos, quer para a ampliação do próprio desenvolvimento econômico e social das diversas regiões do país, quer para a redução de eventuais impactos negativos da implantação de grandes projetos ou mesmo para a maximização dos seus impactos positivos.

Considerando sua atribuição de estudar e propor políticas relacionadas à engenharia, o Clube de Engenharia, através do seu Conselho Diretor, constituiu um Grupo de Trabalho no sentido de desenvolver a criação de um Banco de Projetos para o Rio de Janeiro.

Após diversas reuniões do Grupo de Trabalho foi proposta a realização, conjuntamente com o BNDES, de um Seminário que avaliasse os impactos positivos e negativos dos principais projetos em implantação no Estado do Rio de Janeiro.

As áreas que ficaram de ser avaliadas, para cada projeto, foram: habitação; transporte e logística; saúde; educação; meio ambiente; comunicação e saneamento.

Uma das grandes preocupações do Conselho Diretor foi de que esses estudos procurassem evitar a criação de grandes regiões sem a intervenção planejada e organizada da presença do poder constituído, que poderiam vir a se transformar em bolsões de marginalização e suas conseqüências de insegurança, banditismo e distanciamento da dignidade humana.

Outra preocupação foi a de que os projetos estudados contemplassem uma distribuição espacial do Estado do Rio de Janeiro, procurando avaliar os impactos das implantações no norte e sul fluminenses, bem como na região central, onde se concentra a grande massa populacional do Estado.

Foi verificada também a necessidade de criação de um Conselho Consultivo Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, com a participação das mais representativas entidades da sociedade civil organizada e dos governos federal, estadual e municipal, prevista já no primeiro dia do Seminário. Dessa forma, o Conselho já teria uma presença efetiva no Seminário, podendo assumir as diversas proposições de novos projetos necessários para o desenvolvimento social e econômico do Estado do Rio de Janeiro.

Na identificação de quais os principais projetos que deveriam ser avaliados no Seminário do Banco de Projetos, procurou-se estabelecer, além do critério da abrangência espacial do Estado do Rio de Janeiro, o critério da importância econômica e social, em alguns casos agrupando-se mais de um projeto importante numa mesma região.

Foram relacionados e debatidos diversos projetos visando à criação de riqueza e empregos, resultando em seis projetos que o Grupo de Trabalho instituído pelo Conselho Diretor do Clube de Engenharia julgou como sendo aqueles que melhor atendiam aos critérios acima mencionados.

Os seis projetos e grupos de projetos escolhidos foram: A Recuperação do Centro do Rio de Janeiro (Região Central); Exploração dos Poços do Pré-Sal pela Petrobras (Região Norte); Comperj – Projeto da Refinaria da Petrobras em Itaboraí (Itaboraí); Duplicação da Gerdau em Itaguaí / Ampliação do Porto de Itaguaí / Projeto CSA – Thiessen (Itaguaí); Usina Nuclear de Angra III (Região Sul); Contorno Rodoviário do Rio de Janeiro (Ligação Itaguaí – Itaboraí).A partir da identificação dos projetos relacionados, foi solicitado às Divisões Técnicas do Clube de Engenharia que avaliassem as principais iniciativas necessárias para o alcance desses objetivos.
Entre as várias contribuições recebidas das Divisões Técnicas, foi formatado o desenvolvimento do Seminário, com a participação das principais entidades representativas da sociedade civil organizada, como: Clube de Engenharia, Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e Associação das Empresas Empreiteiras do Estado do Rio de Janeiro (Aeerj) e dos governos federal, estadual e municipal.

Devemos ressaltar a integração entre a Diretoria, o Conselho Diretor e as Divisões Técnicas do Clube de Engenharia na elaboração desse trabalho. A colaboração entre os diversos órgãos do Clube de Engenharia e sua articulação com as entidades representativas da sociedade demonstra um amadurecimento da instituição e uma sinergia focada em objetivos maiores.
Acreditamos que com essa iniciativa, o Clube de Engenharia mais uma vez se apresenta como instituição incentivadora e formuladora de políticas públicas que tragam para a sociedade brasileira, através do exercício da engenharia, a infra-estrutura necessária para garantir a cidadania do povo brasileiro.

A Diretoria

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