IPHAN não aprovou “modernização” dos bondes de Santa Teresa, que teriam composições com as laterais fechadas

Após protestos da população de Santa Teresa e de pronunciamentos públicos de profissionais das áreas de engenharia e arquitetura, os bondes do bairro permanecerão com seu design original. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) não aprovou o modelo do novo bonde de Santa Teresa proposto pelo governo do Rio. Os maiores problemas são o fechamento das laterais e a criação de um corredor central, que eliminaria os bancos contínuos. Em abril, o sistema foi tombado pelo IPHAN.

Essa, entre outras, é uma das bandeiras defendidas pelo Fórum de Mobilidade Urbana do Rio de Janeiro, que promove reuniões no Clube de Engenharia reunindo semanalmente dezenas de entidades da sociedade civil e associações de moradores.

Para Maria Cristina Vereza Lodi, superintendente do Insituto, as alterações representam modificações fundamentais. Em ofício ao governo, ela afirma que “a restauração do bonde histórico, aberto, deve ser sempre perseguida”.

Na carta, a superintendente sugere um debate com a Central, empresa do Estado que cuida dos bondes. Propõe a adoção do modelo tradicional, com a atualização dos sistemas de segurança, elétricos e mecânicos.

Para a Amast (Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa) o projeto era de um novo bonde e não a restauração do sistema antigo. “Inventaram um bonde novo, não é o original, o tradicional. Eles iam descaracterizar o bonde, que é tombado, e estavam descumprindo uma sentença judicial”, justificou Elzbieta Mitkiewicz, presidente da Amast.

Segundo a Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central), que administra o transporte e que desenvolveu o projeto - com consultoria da empresa Carris Transportes Públicos Lisboa - os novos carros seriam mais seguros e confortáveis porque todo o sistema será modernizado. No início do ano, o governo anunciou que, no primeiro trimestre de 2014, o novo sistema de transporte entraria em operação. Os 14 novos bondes foram projetados para terem 24 assentos, capacidade menor que os antigos, que variavam de 32 a 36 lugares.

Veja abaixo detalhes do projeto:

Fontes: Jornal O Dia e Band.

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