O Clube de Engenharia realiza, nos próximos dias 27, 28 e 29 de agosto, eleição para o terço do seu Conselho Diretor. Devido à posição de destaque que o Clube conquistou e consolidou nos últimos anos, os conselheiros que serão eleitos para o triênio 2001/2011 serão chamados a se pronunciar sobre temas chaves para o desenvolvimento do país e do Estado do Rio de Janeiro, onde a entidade está sediada.

A economia, que estava estagnada, vive agora um momento de pujante recuperação, principalmente com os investimentos da Petrobras, também com sede no Rio. O PAC, outra promessa de grandes investimentos, compreende obras como o Arco Metropolitano e a urbanização de favelas, já temas de debates entre autoridades das diversas esferas de poder nas sessões do Conselho Diretor.
O tão ansiado Arco Metropolitano promete desafogar a região metropolitana do tráfego pesado de caminhões, que tende a se agravar com a instalação da Companhia Siderúrgica do Atlântico e a ampliação siderúrgica Gerdau, entre outras mega projetos em curso na Zona Oeste da capital e no município de Itaguaí, que também registra importante movimentação de cargas através de seu porto.
Entretanto, essa retomada do desenvolvimento, antes de ser comemorada, deve ser acompanhada de perto pelos novos conselheiros eleitos para a superação de entraves como a falta de engenheiros e técnicos em várias especialidades estratégicas para o desenvolvimento nacional, como nos setores de petróleo, aviação e mineração, para citar apenas alguns. Esta situação, impensável nos anos noventa – a chamada década perdida – reclama maciços investimentos governamentais e privados para aproveitar a espiral positiva que se apresenta com os novos investimentos anunciados e os já em curso.

Entre os temas que demandarão maior mobilização da entidade certamente estarão as descobertas de novos campos petrolíferos feitas pela Petrobras na camada geológica do pré-sal, que podem levar o Brasil a fazer parte, no futuro, do seleto grupo dos maiores exportadores globais da comodity. A ação judicial que interrompeu a Oitava Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e as gestões da entidade junto ao governo federal que contribuíram para a retirada das reservas do pré-sal das rodadas da ANP são exemplos de ações vitoriosas do Clube de Engenharia, destacadas pela imprensa e mesmo pelo diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrela, que enviou carta ao Clube na qual reconhece que a entidade influiu na decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de proteger as reservas do pré-sal.

Este e outros assuntos como a ocupação e o desenvolvimento da Amazônia (ver editorial da edição de julho) demandarão atenção e posicionamento dos novos conselheiros, sejam em debate com os principais atores da política e da economia brasileira que prestigiam as reuniões do Conselho Diretor da entidade, sejam nas votações das propostas apresentadas ao colegiado.

Esses desafios prometem tornar bastante movimentados os mandatos dos conselheiros eleitos para o novo triênio. Em sintonia com a tradição centenária do Clube, os debates e posições assumidas nesta Casa repercutirão nas decisões que envolvam a proteção e o desenvolvimento da indústria e da engenharia nacionais.

A Diretoria

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